"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 25 de agosto de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Falta de Educação: Câncer sem cura no Brasil?
Braziliam Joke: Piadinha transnacional usando Dom Pedro I. Alguém duvida que a turma lá fora está a fim de tirar a petralhada do poder?

Hoje, 25 de Agosto, é dia do Soldado. Ontem, 24 de agosto, foi o Dia da Infância. Em uma ótica otimista, infantaria e infantes, teriam bons motivos para comemorar. Nossos Colégios Militares são o melhor exemplo do que poderia e deveria ser a escola de qualidade para formar nossas crianças e jovens. O paradigma a ser seguido valeria para as escolas públicas e também para as privadas. Pena que o modelo correto não interessa ao corrupto sistema de poder.

Infelizmente, o Brasil é uma piada pronta e sem graça em termos educacionais. Salvo raríssimas exceções, os governantes e políticos, nas esferas federal, estadual e municipal, adoram jogar para a plateia quando o assunto é Educação (ou saúde e infraestrutura). Nosso consciente coletivo imbecilizado também é abduzido pela falsa demagogia capimunista de que Educação tem de ser pública e gratuita. Como se existisse algo grátis nas relações econômicas de troca... E como se tudo tivesse de obedecer ao dirigismo estatal.
Tal ilusão nos custa cada vez mais caro. O Brasil não prioriza a formação de qualidade no ensino básico – que poderia contar com uma sinergia entre o poder público e a iniciativa privada, contando com a efetiva participação de alunos, professores e pais no sistema de gestão escolar. Não se trata do falso democratismo pluralista, calcado no assembleísmo para tudo decidir, mas na fiscalização constante da gestão da escola (pública ou privada), a partir da transparência.
Qual o custo verdadeiro de um aluno? A escola onde seu filho estuda (pública ou privada) te abre essa caixa preta? Não abre! Todo mundo sabe que Educação não é barata. Mas por que custa tão caro? E quem efetivamente, paga a conta? Quem perde com o ensino ruim é o indivíduo e, por extensão, a sociedade – o cliente final da escola, do ensino fundamental á faculdade. Mas quem ganha com a ineficiência do nosso sistema educacional? Os inimigos reais do Brasil faturam alto!  
O governo petista, por alguma conveniência, coloca a carroça na frente dos burros. Prioriza o custeio do ensino superior, através de bolsas (Prouni) e financiamentos (Fies). Por que o governo não usa o mesmo sistema (Banco do Brasil e Caixa) para custear a educação básica e fundamental de qualidade? Por que o cidadão-eleitor-contribuinte não tem liberdade para ter um custeio economicamente viável para o filho e filha estudarem em uma instituição particular (como ocorre com as faculdades)?
Quinta-feira passada, a máquina de propaganda petista levou a Presidenta Dilma da Silva ao SESC Vila Mariana, em São Paulo, onde milhares de jovens a aguardavam. A festança foi para comemorar a barreira ultrapassada de 1 milhão de contratos do Financiamento do Ensino Superior. Embalada pelos fiéis bancados pelo Fies, Dilma decretou que sua meta é chegar a 6 milhões de financiamentos.
Logicamente, os investidores do ensino superior, negócio cada vez mais concentrado e comandado por players transnacionais, amaram a promessa da Dilma. Uma universidade sem inadimplência, com muito dinheiro em caixa, e cada vez mais cheia de alunos, é a nona maravilha do mundo. Basta racionalizar as despesas de custeio para garantir mega-lucros ao negócio.
Já ficou evidente que o Fies será um dos motes da campanha reeleitoral de 2014. Aparentemente, é bom pra todo mundo. Tempos depois de formado, o aluno paga a conta, a juros baixos. O Fies vale a pena, sem dúvida. Aparentemente, agrada a gregos e baianos, sem distinção. Das bolsas-voto do governo, o Fies parece o que produz um resultado social mais significativo, muito além da mera demagogia paternalista.
O recurso antecipado à universidade viabiliza qualquer empreendimento de expansão. No ar, fica sempre o risco de alguma futura inadimplência. Mas como o dinheiro veio do banco público (de economia mista), nada se perde, tudo de ganha, e o eventual prejuízo acaba socialmente diluído.
Só cabe perguntar de novo: por que tal sistema não foi implantado antes no ensino básico? Por que um “Fieb” não veio antes do “Fies”? A resposta é enigmática... Será que tem petralha tirando vantagem do financiamento? Será que tem mensaleiro investindo nos negócios de expansão, fusão e aquisição no ensino superior, junto com sócios transnacionais, e os milhões antecipados do Fies ajudam a custear tais operações?
A resposta a estas perguntas deve ser um não rotundo... Mensalão só existe na Teoria do Domínio do Fato que condenou pobres pessoas inocentes – que ficaram riquíssimas na vida política por mera obra divina do acaso... Os nossos poderosos de plantão costumam ser mais honestos que a amante do Imperador... E ainda temos o Ministério da Educação Capimunista para nos salvar da inguinoranssia...
Sorte nossa! Deus é Brasileiro... Então, pouco importa se o Diabo comanda o governo... Vamos focar na pegada do diploma, que está pago previamente, e subir de status. No País dos Bruzundangas – como bem escreveu Lima Barreto em um livro fantástico de realismo -, o negócio é ter status e posar de sabido da história no País que sempre cultuou os bacharéis que sabem falar javanês como ninguém no universo...
É por isso que os gringos são risada da nossa cara... Felizmente, não há nada que um escravizado “médico” cubano não possa nos salvar – igual fizeram com Hugo Chávez, completamente curado por eles... Pena que os médicos formados na Ilha da Fantasia do Fidel não vai trabalhar dar plantão no Sírio-Libanês. Já pensou se eles receitassem ao enfermo tomar um litro de morrito para curar o câncer no pulmão direito...
Resolveriam bastantes problemas do Brasil, numa talagada só... A desgraça é que câncer político não tem cura... Nem com mistura de rum, com hortelã e limão... O mais triste é que falta de Educação também não parece ter... Ou tem?
Enquanto persiste a dúvida cruel, o Brasil paga e pagará ainda mais caro pela deficiência educacional histórica... Nossa piada é sem graça... Deve ser por isso que muita gente boa prefere ficar em silêncio obsequioso assistindo ao carnaval da Ditadura dos Grupelhos...

Assim é Dilmais...


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

25 de agosto de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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