"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

"SÓ OS DEUSES PODEM VER-SE UNS AOS OUTROS"


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Charge do Angeli, reprodução da Folha























Calígula reuniu a corte em torno de seu trono para informar que a deusa Lua havia descido do céu e naquele momento preparava-se para beijá-lo. Todos confirmaram e aplaudiram, menos um. O Imperador dos romanos mandou cortar-lhe a cabeça. Antes, indagou do já quase decapitado Vitélio porque não estava vendo o edificante episódio que todos viam. O cortesão salvou-se com a resposta: “Só os deuses podem ver-se uns aos outros.”
Guardadas as proporções, repete-se a situação. O PT em peso inclina-se perante o Lula, aceitando sua versão de que não é dono de triplex nenhum, muito menos possui um sítio em Atibaia e nem recebeu propina de empreiteiras para conseguir contratos com governos estrangeiros.
Vitélio está chegando com a resposta na ponta da língua: receber de graça apartamentos triplex, sítios e propina é prerrogativa de ex-presidentes do PT, imperadores que os companheiros devem aplaudir com entusiasmo. É o beijo da deusa Lua, ou melhor, das empreiteiras…
BLITZ SOBRE JOAQUIM BARBOSA
Posto em sossego, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, logo receberá investidas de pelo menos três pequenos partidos para aceitar sua candidatura a presidente da República, em 2018. Tem resistido até agora, tanto que não ingressou em nenhum. Mas não afasta a hipótese. Pesquisas por enquanto reservadas revelam chances para a quebra da ortodoxia partidária.
DEPOIS DO CARNAVAL
Pode ser ironia, mas a verdade é que nunca se viu tanta gente na rua quanto nesses dias que antecedem o Carnaval. Não apenas no Rio, mas até em São Paulo e outras capitais. A multidão cresceu em torno dos blocos, fenômeno que os sociólogos interpretariam melhor do que os cronistas carnavalescos. Parece que todo mundo pretende desabafar, mais do que celebrar. Um aviso de que depois da Quarta-feira de Cinzas a crise vai piorar.

03 de fevereiro de 2016
Carlos Chagas

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