"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

EUA E RÚSSIA REALIMENTAM A VELHA E ETERNA GUERRA FRIA



(reprodução da internet, sem assinatura)



















Enquanto os americanos instalam o escudo de mísseis antimíssil na Europa e na Ásia, os russos estão tentando dar a volta na cerca, mudando o seu arsenal para o extremo norte, o que significa que a velha Guerra Fria não morreu nem morrerá tão cedo. Confirma esta notícia da agência russa Sputnik:
RÚSSIA INSTALA MISSÉIS NO ÁRTICO
O ministro da Defesa russo Sergei Shoigu revelou à Sputnik que a Rússia está concluindo a construção de conjuntos habitacionais e administrativos para militares nas ilhas árticas de Kotelny e Terra de Alexandra.
Ele destacou que, além dos conjuntos habitacionais e administrativos, a Rússia está construindo instalações militares nos arquipélagos de Terra de Francisco José, Nova Zembla e Ilhas da Nova Sibéria. Esses projetos, segundo o ministro, constituem a primeira etapa do desenvolvimento região, que deverá ser concluída ainda este ano. A segunda etapa prevê a construção de bases militares russas no Ártico.
Em meados de 2015, Shoigu declarou que a criação de infraestruturas militares do Ártico representa uma das grandes prioridades do desenvolvimento das Forças Armadas da Rússia.
DISPUTA PELA  HEGEMONIA MUNDIAL
No caso de uma guerra nuclear, os mísseis passarão por cima do Ártico e do Canadá. Ao contrário do que muitos pregam, a Guerra Fria nunca acabou e ambos os países estão gastando bilhões de dólares em desenvolver novas aeronaves, novos mísseis intercontinentais e novas bombas nucleares. Os Estados Unidos estão protegidos (de mísseis e de refugiados) a oeste pelo Oceano Pacífico, e a leste pelo Oceano Atlântico, todos com frotas navais com mísseis antimíssil, e usam a Europa como escudo humano (uma espécie de “boi de piranha”) – e ainda assim se dizem preocupados com a ecologia, com o planeta, com o aquecimento global, com a emissão de gases do efeito estufa… essas coisa.
A Rússia é uma ameaça à hegemonia americana no mundo, assim como a China. E o pior é que, quando a Europa boicotou a Rússia, a mando dos americanos, obrigou Moscou a fazer laços econômicos (e, consequentemente, militares) com a China, fortalecendo os dois países a médio prazo, e até mesmo possibilitando a realização de negócios nas moedas locais. Um tem energia, mas não tem dinheiro, o outro tem dinheiro, mas não tem energia. Um casamento perfeito.
Então, quanto mais o tempo passar, mais fortes a China e a Rússia ficarão. O investimento da Rússia em armamentos deu-se por conta de uma relativa recuperação financeira – agora abalada pela queda do preço do petróleo, feita sob encomenda para prejudicar os inimigos dos Estados Unidos e da Arábia Saudita: Rússia, Irã e Venezuela.
Os americanos se acostumaram a decidir sempre sozinhos o destino do mundo e das nações. E não querem dividir esse poder com ninguém! Será que destruiriam o planeta só para manter essa hegemonia?
GUERRA CONTRA O ESTADO ISLÂMICO?
Quanto à guerra contra o Estado Islâmico, é ingênuo pensar que os americanos queiram acabar destruí-lo, neste momento. Eles querem que o Estado Islâmico acabe com presidente sírio Assad. Deixem eles se matarem! Depois os americanos viriam, posando de mocinhos, e destruiriam o que sobrou do Estado Islâmico e das forças da Síria.
A intervenção da Rússia foi o que estragou todo o planejado! Vejam que os americanos já estão pensando em atacar com tropas na Líbia e no Iraque e destruir os antigos “aliados”!
Quanto ao risco de atentando terrorista, se o Estado Islâmico explodir um bomba em Nova Iorque, para o governo americano será uma maravilha, pois terão “motivos” de sobra (e o apoio da população) para atacar o “inimigo” em qualquer país do planeta – desde que esse inimigo não tenha arma nuclear, claro! – e aumentar os gastos com armamentos. Afinal, toda guerra tem efeitos colaterais e mortes de inocentes mesmo…
03 de fevereiro de 2016
Francisco Vieira

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