Leszek Kolakovski, dissidente russo, foi contundente e prático, especificando o socialismo pelo que ele não é.
O socialismo não é:
uma sociedade na qual é crime ser irmão, filho ou cônjuge de um criminoso
uma sociedade na qual alguém possa ser infeliz porque diz o que pensa, e um outro possa estar feliz porque não diz o que pensa
uma sociedade em que alguém possa estar melhor ainda porque não pensa nada sobre coisa alguma
um Estado cujos soldados são sempre os primeiros a penetrar no território de um outro país
um Estado em que qualquer um possa ser condenado sem julgamento
um Estado em que qualquer cidadão é potencialmente suspeito de alguma coisa
um Estado cujos dirigentes se nomeiam, eles próprios, aos seus cargos, e nomeiam seus parentes para outros cargos
um Estado que não permite a seus cidadãos viajarem para o exterior
um Estado cujos vizinhos amaldiçoam a geografia
um Estado que produz excelentes armas e péssimos sapatos
um Estado em que os advogados de defesa estão sempre de acordo com o promotor
um Estado que dita aos pintores as regras de como pintar e outorga prêmios a autores que não sabem escrever
uma Nação que oprime outras Nações
uma Nação que é oprimida por uma noção
um Estado que obriga todos os seus cidadãos a terem a mesma opinião sobre Filosofia, Política Externa, Economia, Literatura e Moral
um Estado cujo governo define os direitos do cidadão, mas a cujos cidadãos é vedado definirem os direitos dos governos
um Estado em que cada um é responsável por seus ancestrais
um Estado que assina pactos com criminosos e comete crimes para adaptar sua ideologia a esses pactos
um Estado que gostaria de ver o seu Ministro do Exterior determinar a opinião pública de toda a humanidade
um Estado em que toda vontade dos cidadãos é conhecida por seus governantes antes deles formularem qualquer pergunta
um Estado em que os filósofos e os poetas dizem a mesma coisa que os generais e ministros, sempre um pouco depois destes
um Estado em que as plantas das cidades são segredos de Estado
um Estado em que os resultados das eleições são sempre previstos com exatidão
um Estado que detém o monopólio mundial do progresso e bem-estar
um Estado em que qualquer cidadão ou qualquer grupo humano pode ser transplantado para outra área residencial, sem qualquer consulta
um Estado que acredita ser o único em condições de salvar a humanidade
um Estado que sabe que sempre tem razão
um Estado que crê que nenhum outro possa resolver melhor nenhum dos problemas existentes
um Estado que determina quem pode criticá-lo e como
um Estado em que o governo pode, a cada dia, rejeitar o que afirmou na véspera, acreditando e fazendo crer aos seus cidadãos que nada mudou.
uma sociedade na qual é crime ser irmão, filho ou cônjuge de um criminoso
uma sociedade na qual alguém possa ser infeliz porque diz o que pensa, e um outro possa estar feliz porque não diz o que pensa
uma sociedade em que alguém possa estar melhor ainda porque não pensa nada sobre coisa alguma
um Estado cujos soldados são sempre os primeiros a penetrar no território de um outro país
um Estado em que qualquer um possa ser condenado sem julgamento
um Estado em que qualquer cidadão é potencialmente suspeito de alguma coisa
um Estado cujos dirigentes se nomeiam, eles próprios, aos seus cargos, e nomeiam seus parentes para outros cargos
um Estado que não permite a seus cidadãos viajarem para o exterior
um Estado cujos vizinhos amaldiçoam a geografia
um Estado que produz excelentes armas e péssimos sapatos
um Estado em que os advogados de defesa estão sempre de acordo com o promotor
um Estado que dita aos pintores as regras de como pintar e outorga prêmios a autores que não sabem escrever
uma Nação que oprime outras Nações
uma Nação que é oprimida por uma noção
um Estado que obriga todos os seus cidadãos a terem a mesma opinião sobre Filosofia, Política Externa, Economia, Literatura e Moral
um Estado cujo governo define os direitos do cidadão, mas a cujos cidadãos é vedado definirem os direitos dos governos
um Estado em que cada um é responsável por seus ancestrais
um Estado que assina pactos com criminosos e comete crimes para adaptar sua ideologia a esses pactos
um Estado que gostaria de ver o seu Ministro do Exterior determinar a opinião pública de toda a humanidade
um Estado em que toda vontade dos cidadãos é conhecida por seus governantes antes deles formularem qualquer pergunta
um Estado em que os filósofos e os poetas dizem a mesma coisa que os generais e ministros, sempre um pouco depois destes
um Estado em que as plantas das cidades são segredos de Estado
um Estado em que os resultados das eleições são sempre previstos com exatidão
um Estado que detém o monopólio mundial do progresso e bem-estar
um Estado em que qualquer cidadão ou qualquer grupo humano pode ser transplantado para outra área residencial, sem qualquer consulta
um Estado que acredita ser o único em condições de salvar a humanidade
um Estado que sabe que sempre tem razão
um Estado que crê que nenhum outro possa resolver melhor nenhum dos problemas existentes
um Estado que determina quem pode criticá-lo e como
um Estado em que o governo pode, a cada dia, rejeitar o que afirmou na véspera, acreditando e fazendo crer aos seus cidadãos que nada mudou.
03 de fevereiro de 2016
Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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