"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

SE O SUPREMO DEMORAR, CUNHA PODE REVOGAR QUESTÃO DE ORDEM


O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reconheceu que poderá revogar a questão de ordem em que informou o rito de impeachment da presidente Dilma Rousseff, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) demore a julgar os recursos apresentados por ele contra as liminares que barram o processo estabelecido pelo peemedebista para tramitação do pedido na Casa.
“É uma opção”, reconheceu durante entrevista marcada por protestos contra ele. Como noticiou o jornal O Estado de S.Paulo na edição de hoje, a ideia de Cunha é revogar a questão de ordem para que as ações do STF percam seu objeto e levar a tramitação em frente baseado na Constituição de 1988 e na legislação que trata de crimes de responsabilidade.
Dessa forma, a tramitação dos processos continuará como era antes, baseada na Constituição e pela lei número 1.070, de 1950. Na entrevista, Cunha informou que, após receber o novo pedido de afastamento de Dilma apresentado pela oposição, enviou a petição e o anexo para os órgãos técnicos da Câmara dos Deputados, para que emitam parecer sobre as peças.
SUSPENSE
Questionado sobre quando pretende anunciar se deferiu ou não o requerimento, o presidente da Câmara disse não poder estabelecer um prazo específico. “Vamos ter uma posição sobre impeachment no tempo devido”, afirmou o peemedebista.
O presidente da Câmara disse entender que somente atos praticados no atual mandato podem servir de justificativa para embasar o pedido de impeachment, embora tenha ponderado que há jurisprudência dizendo o contrário, ou seja, que erros cometidos em mandatos anteriores também podem justificar. 
Ele destacou que, embora esse seja um dos pontos a serem analisados pela equipe técnica, há outros requisitos que também devem ser preenchidos para que o pedido tenha validade.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Conforme explicamos aqui na Tribuna, quando Teori Zavascki e Rosa Weber equivocadamente concederam liminares paralisando o trâmite do impeachment, a medida é apenas protelatória.
Se Cunha indeferir o pedido de Bicudo, Reale e Pashoal, as oposições recorrem, a decisão vai a plenário e o processo enfim começa. (C.N.)

23 de outubro de 2015
Deu no Estadão

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