"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A MORTE E A MORTE DA CULTURA BRASILEIRA


Olavo de Carvalho mais uma vez fundamental: 

Um dos sinais mais óbvios da autenticidade humana de um movimento político é a sua capacidade de inspirar grandes obras de literatura. Todo movimento revolucionário, no início, tem esse dom, pela simples razão de que há sempre injustiças no mundo e a revolta contra elas é uma tendência natural do coração humano. Os revolucionários apenas se apropriam dela e a utilizam como canal para a conquista do poder. Invariavelmente, tão logo instalados no poder eles multiplicam e reforçam as injustiças em vez de eliminá-las. Isso não acontece por uma coincidência ou por algum desvio dos ideais revolucionários, mas por efeito incontornável da própria mecânica revolucionária. Quem sobe ao poder em nome de uma sociedade futura, amaldiçoando a sociedade presente na sua totalidade, só se submete ao veredito do futuro e da História, colocando-se portanto acima do julgamento dos vivos. A cristalização do impulso revolucionário numa ditadura totalitária é assim o caminho normal e normativo das revoluções sociais e não uma distorção dos seus propósitos iniciais. (...) A “redemocratização” inaugurou o período da “organização da cultura” segundo os cânones preconizados por Antonio Gramsci: a era da “ocupação de espaços”, do dirigismo cultural, da “hegemonia” na mídia, do terrorismo intelectual comunista nas universidades, da burocratização ditatorial de toda atividade mental superior e do boicote sistemático a toda opinião divergente do oficialismo esquerdista. Os efeitos não poderiam ser mais visíveis nem mais catastróficos. Toda a esfera das atividades “culturais” tornou-se uma farsa subsidiada, um rateio de cargos, benesses, paparicações e verbas estatais entre os “companheiros”.

23 de outubro de 2015
in selva brasilis

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