“Chegamos à estranha situação de que, no governo, os que decidem não são votados, e os que são votados não decidem”.
Tome-se a presidente Dilma, reeleita em outubro passado. Entregou a economia a um banqueiro cujas iniciativas jamais foram referidas nos palanques onde Madame garantiu seu segundo mandato.
“O governo demonstra renitente e impenitente incapacidade para compreender os problemas políticos revelados pelos que se supõem capazes de resolvê-los”.
Nada se ajusta mais a essa sentença do que a aceitação, pela presidente Dilma, da redução de direitos trabalhistas adotada faz pouco, decisão rejeitada por todas as centrais sindicais e mais a torcida do Flamengo.
“Todos reconhecem em V. Excia uma liderança de qualidades excepcionais, que exerce extraordinária influência nas bases do partido, mas os processos dialéticos destrutivos que costuma empregar contra seus adversários não podem ser aplicados contra seus próprios companheiros”.
Essa análise serve, sem tirar nem pôr aos comentários do Lula em recente reunião com religiosos, quando demoliu a sucessora de forma inapelável. O ex-presidente utiliza sua óbvia liderança para destruir o governo atual.
“Jamais se viu tamanho libelo infamatório contra a representação do próprio partido”.
De novo o comentário aplica-se ao Lula, e também a Dilma, quando sufocaram a indignação dos companheiros frente à política econômica, na recente reunião do V congresso nacional do PT.
“O governo tornou-se impopular este ano. Será popular quando vierem as eleições?”
A indagação atinge a presidente e seu antecessor por conta das recentes pesquisas que só indicam queda vertiginosa em seus índices de aprovação.
Poderemos acrescentar a esse elenco de frases aspeadas muitas outras de igual atualidade, como : “Candidato invencível para uma eleição que não vai haver...”; “a ovelha negra não faz parte do rebanho”; “assistimos a um romance de amor e de ódio”; “o bom senso, que lhe falta, e a inteligência, que lhe sobra”; “entrega um passaporte para o desconhecido”; “vendo antes, dou a impressão errônea de ver demais”...
Fomos encontrar a autoria de todos esses vaticínios e críticas entre aspas formulados há exatamente 50 anos, em 1965, na correspondência enviada por Carlos Lacerda ao presidente Castello Branco, quando o então governador da Guanabara tentava salvar sua candidatura presidencial, logo depois atropelada inexoravelmente pelo golpe militar.
Tome-se a presidente Dilma, reeleita em outubro passado. Entregou a economia a um banqueiro cujas iniciativas jamais foram referidas nos palanques onde Madame garantiu seu segundo mandato.
“O governo demonstra renitente e impenitente incapacidade para compreender os problemas políticos revelados pelos que se supõem capazes de resolvê-los”.
Nada se ajusta mais a essa sentença do que a aceitação, pela presidente Dilma, da redução de direitos trabalhistas adotada faz pouco, decisão rejeitada por todas as centrais sindicais e mais a torcida do Flamengo.
“Todos reconhecem em V. Excia uma liderança de qualidades excepcionais, que exerce extraordinária influência nas bases do partido, mas os processos dialéticos destrutivos que costuma empregar contra seus adversários não podem ser aplicados contra seus próprios companheiros”.
Essa análise serve, sem tirar nem pôr aos comentários do Lula em recente reunião com religiosos, quando demoliu a sucessora de forma inapelável. O ex-presidente utiliza sua óbvia liderança para destruir o governo atual.
“Jamais se viu tamanho libelo infamatório contra a representação do próprio partido”.
De novo o comentário aplica-se ao Lula, e também a Dilma, quando sufocaram a indignação dos companheiros frente à política econômica, na recente reunião do V congresso nacional do PT.
“O governo tornou-se impopular este ano. Será popular quando vierem as eleições?”
A indagação atinge a presidente e seu antecessor por conta das recentes pesquisas que só indicam queda vertiginosa em seus índices de aprovação.
Poderemos acrescentar a esse elenco de frases aspeadas muitas outras de igual atualidade, como : “Candidato invencível para uma eleição que não vai haver...”; “a ovelha negra não faz parte do rebanho”; “assistimos a um romance de amor e de ódio”; “o bom senso, que lhe falta, e a inteligência, que lhe sobra”; “entrega um passaporte para o desconhecido”; “vendo antes, dou a impressão errônea de ver demais”...
Fomos encontrar a autoria de todos esses vaticínios e críticas entre aspas formulados há exatamente 50 anos, em 1965, na correspondência enviada por Carlos Lacerda ao presidente Castello Branco, quando o então governador da Guanabara tentava salvar sua candidatura presidencial, logo depois atropelada inexoravelmente pelo golpe militar.
Aqui para nós, nada como o passado para nos orientar, porque se ele não nos diz o que fazer, aponta com rara precisão o que evitar...
23 de junho de 2015
Carlos Chagas
23 de junho de 2015
Carlos Chagas
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