A presidente Dilma, falando em nome dos Bolivarianos, liderança aparentemente não outorgada pelos demais membros, tentou vender, em Bruxelas, aos líderes da União Europeia (UE), com pouca chances de ser bem sucedida, face às crises nos governos companheiros da Argentina e Venezuela, as potencialidades do Mercosul, procurando persuadir os europeus da pujança comercial do grupo, acenando com a possibilidade de assinatura ainda este ano de acordo comercial amplo.
Dentro da mesma linha de guia espiritual da comunidade latino americana, anunciou ser inadmissível qualquer interferência em relação aos acontecimentos de amordaçamento e repressão que vêm ocorrendo na Venezuela de Maduro, cujo governo mantém presos representantes da oposição e profissionais de telecomunicações que não rezam de acordo com a cartilha oficial.
Tais atitudes, apoiadas, por omissão, por Brasília, estão a merecer críticas contundentes, com ameaças de sanções, da comunidade internacional, guiada por preceitos democráticos e de direitos humanos, imperativos, aliás, expressos nos regimentos do próprio Mercosul, dos quais o Brasil é signatário, embora, tenha tomado, em 2012, iniciativas contra o governo Paraguaio, expulsando-o do grupo, quando ele, através do seu Senado, usando de dispositivos previstos na constituição, defenestrou, por “mau desempenho”, o estranho Bispo Fernando Lugo que rezava pela cartilha Bolivariana.
Contradições de uma política externa sonsa, “double face”, a mesma que já defendeu o diálogo com o Estado Islâmico e que, com manobras constrangedoras, angariou para o país a melancólica alcunha de “anão diplomático”.
23 de junho de 2015
Paulo Roberto Gotaç
Dentro da mesma linha de guia espiritual da comunidade latino americana, anunciou ser inadmissível qualquer interferência em relação aos acontecimentos de amordaçamento e repressão que vêm ocorrendo na Venezuela de Maduro, cujo governo mantém presos representantes da oposição e profissionais de telecomunicações que não rezam de acordo com a cartilha oficial.
Tais atitudes, apoiadas, por omissão, por Brasília, estão a merecer críticas contundentes, com ameaças de sanções, da comunidade internacional, guiada por preceitos democráticos e de direitos humanos, imperativos, aliás, expressos nos regimentos do próprio Mercosul, dos quais o Brasil é signatário, embora, tenha tomado, em 2012, iniciativas contra o governo Paraguaio, expulsando-o do grupo, quando ele, através do seu Senado, usando de dispositivos previstos na constituição, defenestrou, por “mau desempenho”, o estranho Bispo Fernando Lugo que rezava pela cartilha Bolivariana.
Contradições de uma política externa sonsa, “double face”, a mesma que já defendeu o diálogo com o Estado Islâmico e que, com manobras constrangedoras, angariou para o país a melancólica alcunha de “anão diplomático”.
23 de junho de 2015
Paulo Roberto Gotaç
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