Sou apaixonado pelos Estados Unidos. Eles estão a anos-luz de quase todos os países em termos de instituições. É bela a dinâmica americana entre as universidades, a iniciativa privada e o terceiro setor. Sãos suas instituições e universidades, com capacidade contínua de gerar inovação, que fazem dos Estados Unidos o país líder do mundo mesmo que a China se torne o maior mercado.
A Constituição norte-americana define o país desde a primeira frase: "Nós, o povo..." É o povo que manda por meio do voto distrital com recall, que faculta a nós, o povo, tirarmos quando quisermos o prefeito, o xerife, qualquer autoridade que não esteja funcionando para nós, o povo.
Os Estados Unidos têm todos os problemas de qualquer país. Corrupção, incompetência, patrimonialismo. Os homens são os homens em qualquer lugar. A diferença é a rapidez e a eficiência com que as instituições americanas consertam seus problemas.
O Brasil, no meu ver, precisa de leis modernas. Não dá para fazer um país moderno com as leis de Getúlio, que no tempo dele eram modernas e foram conquistas importantes, mas que não são mais competitivas no tempo do WhatsApp, do Uber, do Facebook. E nós temos de competir com as mesmas possibilidades.
Eu nunca discuto política neste espaço, porque a política, assim como o futebol, divide. As pessoas ficam histéricas, param de pensar friamente e começam a classificar a todos entre nós e eles, petistas e tucanos. E não sou nem isso nem aquilo. Sou um empresário brasileiro que quer o melhor para o meu país. Meu voto é fisiológico. Apoio o que for melhor para nós, o povo. Tem uma frase dos Titãs que me inspira: "Eu só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder".
O futuro do Brasil está garantido. Desafiador é o presente. E o que o Brasil precisa é de governos com a eficiência da iniciativa privada e empresas privadas com espírito público. Mas, para que isso seja possível, precisamos de leis que tornem isso possível. Não adianta ficar com sermões morais. Um país não se faz com homens vigiando as leis, e sim com leis eficazes vigiando a natureza humana.
A política nos Estados Unidos é o ápice na vida de um cidadão bem-sucedido como Michael Bloomberg. O mote dos grandes líderes americanos é uma vida dividia em três tempos: "learn, earn, serve" (aprender, ganhar, servir). O sujeito, ao se aposentar, abraça a filantropia ou a vida pública e vai devolver o que a vida lhe deu.
Tenho 57 anos e ainda muito a ralar, mas já dedico muito do meu tempo livre a causas que julgo eficazes. Precisamos todos entrar na vida pública. Pela política, pela filantropia, pela educação. Enfim, nos envolvermos e devolvermos. Isso, que está tão claro na sociedade americana, tem que ser incutido na sociedade brasileira. É ir para a Fiesp, se candidatar ao Parlamento e ao Executivo, ensinar, assumir um museu.
O espírito público deve ser valor da nação e ensinado desde criancinha até a universidade. Os jovens precisam ver na política a obra de Churchill, ver na filantropia e no mecenato a grandeza de Ciccillo Matarazzo. Foi o espírito público que fez o Sírio Libanês e o Einstein e está presente em líderes como Olavo Setubal, Amador Aguiar, Antônio Ermírio.
Com esse espírito, os diferentes sentam e conversam. E a vida da gente fica em 3D, ganha três dimensões: "Estudar, ganhar, servir".
09 de junho de 2015
Nizan Guanaes
A Constituição norte-americana define o país desde a primeira frase: "Nós, o povo..." É o povo que manda por meio do voto distrital com recall, que faculta a nós, o povo, tirarmos quando quisermos o prefeito, o xerife, qualquer autoridade que não esteja funcionando para nós, o povo.
Os Estados Unidos têm todos os problemas de qualquer país. Corrupção, incompetência, patrimonialismo. Os homens são os homens em qualquer lugar. A diferença é a rapidez e a eficiência com que as instituições americanas consertam seus problemas.
O Brasil, no meu ver, precisa de leis modernas. Não dá para fazer um país moderno com as leis de Getúlio, que no tempo dele eram modernas e foram conquistas importantes, mas que não são mais competitivas no tempo do WhatsApp, do Uber, do Facebook. E nós temos de competir com as mesmas possibilidades.
Eu nunca discuto política neste espaço, porque a política, assim como o futebol, divide. As pessoas ficam histéricas, param de pensar friamente e começam a classificar a todos entre nós e eles, petistas e tucanos. E não sou nem isso nem aquilo. Sou um empresário brasileiro que quer o melhor para o meu país. Meu voto é fisiológico. Apoio o que for melhor para nós, o povo. Tem uma frase dos Titãs que me inspira: "Eu só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder".
O futuro do Brasil está garantido. Desafiador é o presente. E o que o Brasil precisa é de governos com a eficiência da iniciativa privada e empresas privadas com espírito público. Mas, para que isso seja possível, precisamos de leis que tornem isso possível. Não adianta ficar com sermões morais. Um país não se faz com homens vigiando as leis, e sim com leis eficazes vigiando a natureza humana.
A política nos Estados Unidos é o ápice na vida de um cidadão bem-sucedido como Michael Bloomberg. O mote dos grandes líderes americanos é uma vida dividia em três tempos: "learn, earn, serve" (aprender, ganhar, servir). O sujeito, ao se aposentar, abraça a filantropia ou a vida pública e vai devolver o que a vida lhe deu.
Tenho 57 anos e ainda muito a ralar, mas já dedico muito do meu tempo livre a causas que julgo eficazes. Precisamos todos entrar na vida pública. Pela política, pela filantropia, pela educação. Enfim, nos envolvermos e devolvermos. Isso, que está tão claro na sociedade americana, tem que ser incutido na sociedade brasileira. É ir para a Fiesp, se candidatar ao Parlamento e ao Executivo, ensinar, assumir um museu.
O espírito público deve ser valor da nação e ensinado desde criancinha até a universidade. Os jovens precisam ver na política a obra de Churchill, ver na filantropia e no mecenato a grandeza de Ciccillo Matarazzo. Foi o espírito público que fez o Sírio Libanês e o Einstein e está presente em líderes como Olavo Setubal, Amador Aguiar, Antônio Ermírio.
Com esse espírito, os diferentes sentam e conversam. E a vida da gente fica em 3D, ganha três dimensões: "Estudar, ganhar, servir".
09 de junho de 2015
Nizan Guanaes
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