O Palácio do Planalto avalia que a permanência de João Vaccari Neto à frente da tesouraria do PT tornou-se insustentável. Entre os interlocutores de Dilma Rousseff, é consenso que o “fico” do tesoureiro fragiliza sua defesa e coloca o PT como principal motivo de desgaste para o governo. A avaliação é de que ainda não há denúncias de corrupção que atinjam a presidente, mas o PT, atrelado a Vaccari – que agora é réu na Lava Jato –, arrasta o governo para o epicentro da crise.
Bom pra todos. O afastamento de Vaccari, dizem palacianos, facilitaria sua defesa, criaria fato positivo para o PT e ajudaria na estratégia de recuperação do governo. Mas ele fica. A cúpula do PT decidiu que o tesoureiro não deixará o posto. Dirigentes petistas dizem que “denúncia não é condenação, nem mesmo julgamento” e que Vaccari só sairá se houver prova contra ele.
Quem defende a permanência do tesoureiro diz que afastá-lo agora seria corroborar a tese do Ministério Público de que o pagamento de propina ao PT na Petrobras era feito por meio de doações oficiais à sigla.
Apesar disso, muitos petistas ainda insistem na saída voluntária do tesoureiro. Porém, Vaccari, que tinha cogitado a ideia, não admite mais a possibilidade.
DOCUMENTAÇÃO
Integrantes da CPI da Petrobras ainda discutem com a Justiça Federal no Paraná como receber a documentação dos inquéritos da Operação Lava Jato.
Os deputados foram informados de que os documentos lotariam dois caminhões, e sugeriram o envio em formato digital.
25 de março de 2015
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