A nomeação de Cid Gomes para ocupar a pasta da Educação no segundo mandato da Presidente Dilma causou enorme perplexidade no âmbito dos educadores e na sociedade de um modo geral, não só pelo lamentável passado político do titular, como também pela falta de identificação com os problemas da pasta.
Seu afastamento recente teve como motivo imediato uma cena insólita mostrada para todo o pais ao vivo e a cores, na casa que congrega as escolhas de representação do, em grande percentagem, incauto e deseducado cidadão votante brasileiro, perdido num sistema eleitoral cruel e necrosado que clama por uma reforma política há muito adormecendo nas gavetas dos capitães hereditários que pululam e mandam em todo o território brasileiro, verdadeiros mandarins do poder.
Paradoxalmente, ao declarar que a Câmara abrigava uma maioria achacadora e ao apontar o dedo para o seu tumultuado recém eleito presidente, Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o mesmo que quase implantou um sistema vergonhoso de mordomias ligadas a passagens aéreas e permitiu a aprovação de um orçamento que triplicou, em plena crise econômica, o chamado fundo partidário, Cid deixa o governo sob os aplausos da população por ter manifestado o que grande parte dela sente e tem vontade de expressar.
Apesar de contra indicado para o cargo entregue, que deveria ser o mais importante da nova "pátria educadora", saiu com uma bela demonstração de didática performática.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.
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