Com a divulgação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da estimativa de tempo de rádio e televisão para cada candidato à Presidência da República, fica escancarado para a população o principal motivo de alianças esdrúxulas entre agremiações políticas.
Os dois candidatos melhor situados nas pesquisas eleitorais contam, cada um, com o apoio de nove legendas, algumas sem qualquer expressão política, que parecem existir apenas para negociar a propaganda dita gratuita em rádio e televisão.
E de gratuita não tem nada, pois o contribuinte paga a compensação pelo espaço utilizado pelos candidatos e partidos para o proselitismo eleitoral. Trata-se, sem dúvida, de uma das maiores deformações da política nacional.
Num país de dimensões continentais como o Brasil, é natural que haja uma disputa acirrada pelos espaços em emissoras de rádio e televisão.
O inadmissível é que a estratégia passe longe dos interesses políticos e envolva um verdadeiro vale-tudo. Isso faz com que representantes de partidos de pouca ou nenhuma expressão insistam em permanecer na disputa, mesmo sem contar com qualquer chance de vitória.
O objetivo é aproveitar ao máximo o direito a pelo menos alguns segundos adicionais no horário político obrigatório. Numa campanha eleitoral, o tempo de rádio e televisão transforma-se numa moeda de troca valiosa, levando candidatos a se comprometerem em retribuir favores depois de eleitos.
Na prática, isso faz com que, entre os dois pretendentes à Presidência da República mais citados hoje nas pesquisas presidenciais, um tenha o dobro do tempo de exposição do segundo colocado. Ambos ficam com mais da metade do tempo de veiculação.
O restante é dividido entre os demais, sendo que alguns dispõem de apenas alguns segundos. Por mais que a distribuição baseie-se em parâmetros objetivos _ o tamanho das bancadas dos partidos de cada coligação no Congresso _, o resultado evidencia mais um dos tantos elementos de desequilíbrio na disputa.
Um dos problemas dessa deformação é que a conta das campanhas eletrônicas, mais elevada a cada eleição, é bancada de forma direta ou indireta pelos próprios eleitores.
O inadmissível, porém, é que o verdadeiro balcão montado para negociar tempo de rádio e televisão esteja preocupado não com os interesses dos eleitores, mas com os dos próprios políticos.
E de gratuita não tem nada, pois o contribuinte paga a compensação pelo espaço utilizado pelos candidatos e partidos para o proselitismo eleitoral. Trata-se, sem dúvida, de uma das maiores deformações da política nacional.
Num país de dimensões continentais como o Brasil, é natural que haja uma disputa acirrada pelos espaços em emissoras de rádio e televisão.
O inadmissível é que a estratégia passe longe dos interesses políticos e envolva um verdadeiro vale-tudo. Isso faz com que representantes de partidos de pouca ou nenhuma expressão insistam em permanecer na disputa, mesmo sem contar com qualquer chance de vitória.
O objetivo é aproveitar ao máximo o direito a pelo menos alguns segundos adicionais no horário político obrigatório. Numa campanha eleitoral, o tempo de rádio e televisão transforma-se numa moeda de troca valiosa, levando candidatos a se comprometerem em retribuir favores depois de eleitos.
Na prática, isso faz com que, entre os dois pretendentes à Presidência da República mais citados hoje nas pesquisas presidenciais, um tenha o dobro do tempo de exposição do segundo colocado. Ambos ficam com mais da metade do tempo de veiculação.
O restante é dividido entre os demais, sendo que alguns dispõem de apenas alguns segundos. Por mais que a distribuição baseie-se em parâmetros objetivos _ o tamanho das bancadas dos partidos de cada coligação no Congresso _, o resultado evidencia mais um dos tantos elementos de desequilíbrio na disputa.
Um dos problemas dessa deformação é que a conta das campanhas eletrônicas, mais elevada a cada eleição, é bancada de forma direta ou indireta pelos próprios eleitores.
O inadmissível, porém, é que o verdadeiro balcão montado para negociar tempo de rádio e televisão esteja preocupado não com os interesses dos eleitores, mas com os dos próprios políticos.
13 de julho de 2014
Editorial Zero Hora
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