A escolha do técnico da seleção brasileira deveria ser feita em eleições diretas por todos os brasileiros maiores de 14 anos
Para qualquer brasileiro louco por futebol, era como estar em Nova York no 11 de Setembro, com o espetáculo de horror e grandiosidade da História diante dos nossos olhos, em tempo real. Apesar de tudo, foi um privilégio testemunhar o melhor do pior, sem mortos nem feridos: só humilhados.
Em qualquer clube-empresa, uma derrota dessas derrubaria toda a diretoria e até a presidência, por pressão dos acionistas. Mas os que escolheram a comissão técnica, os arquitetos do fracasso, como o presidente da CBF, José Maria Marin, dizem que o nosso futebol precisa de grandes mudanças, fingindo que não sabem que são eles a raiz dos problemas que nos levaram a essa humilhação histórica. Só falta culparem a imprensa golpista… rsrs.
Se essa sucessão de arrogâncias, negociatas, cinismos e incompetências que resultaram nessa épica derrota do futebol brasileiro — não de um time, mas como um todo — não for motivo para uma CPI suprapartidária, o que seria? Se 70% dos brasileiros exigem mudanças na política e na economia, imaginem no futebol. Mas com a “bancada da bola” investigando, em vez de ser investigada, nem esse, que seria o maior legado da Copa, teremos.
Se, como filosofava Neném Prancha, “pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube”, a escolha do técnico da seleção brasileira deveria ser feita em eleições diretas por todos os brasileiros maiores de 14 anos. E não por um cartola eleito por outros cartolas que dominam federações estaduais como políticos dominam currais e que vivem de vampirizar a paixão popular. Agora o sangue ferveu.
Mas Deus teve compaixão por Neymar e Thiago Silva, poupando-os de sofrer o vexame de corpo presente. E também por Lula, que não foi ao estádio para não ser vaiado e escapou do pior: ser acusado de pé-frio. E por nós, que escapamos de levar uma “zapatada” da Argentina na final no Maracanã. Deus é mesmo brasileiro.
Como sabem os grandes artistas, políticos, empresários e atletas vitoriosos, o sucesso não ensina nada, só infla o ego e subestima os limites, é nos fracassos que se aprendem as lições que levam a conquistas maiores.
Para qualquer brasileiro louco por futebol, era como estar em Nova York no 11 de Setembro, com o espetáculo de horror e grandiosidade da História diante dos nossos olhos, em tempo real. Apesar de tudo, foi um privilégio testemunhar o melhor do pior, sem mortos nem feridos: só humilhados.
Em qualquer clube-empresa, uma derrota dessas derrubaria toda a diretoria e até a presidência, por pressão dos acionistas. Mas os que escolheram a comissão técnica, os arquitetos do fracasso, como o presidente da CBF, José Maria Marin, dizem que o nosso futebol precisa de grandes mudanças, fingindo que não sabem que são eles a raiz dos problemas que nos levaram a essa humilhação histórica. Só falta culparem a imprensa golpista… rsrs.
Se essa sucessão de arrogâncias, negociatas, cinismos e incompetências que resultaram nessa épica derrota do futebol brasileiro — não de um time, mas como um todo — não for motivo para uma CPI suprapartidária, o que seria? Se 70% dos brasileiros exigem mudanças na política e na economia, imaginem no futebol. Mas com a “bancada da bola” investigando, em vez de ser investigada, nem esse, que seria o maior legado da Copa, teremos.
Se, como filosofava Neném Prancha, “pênalti é tão importante que deveria ser batido pelo presidente do clube”, a escolha do técnico da seleção brasileira deveria ser feita em eleições diretas por todos os brasileiros maiores de 14 anos. E não por um cartola eleito por outros cartolas que dominam federações estaduais como políticos dominam currais e que vivem de vampirizar a paixão popular. Agora o sangue ferveu.
Mas Deus teve compaixão por Neymar e Thiago Silva, poupando-os de sofrer o vexame de corpo presente. E também por Lula, que não foi ao estádio para não ser vaiado e escapou do pior: ser acusado de pé-frio. E por nós, que escapamos de levar uma “zapatada” da Argentina na final no Maracanã. Deus é mesmo brasileiro.
Como sabem os grandes artistas, políticos, empresários e atletas vitoriosos, o sucesso não ensina nada, só infla o ego e subestima os limites, é nos fracassos que se aprendem as lições que levam a conquistas maiores.
13 de julho de 2014
Nelson Motta, O Globo
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