"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

TEM SEGURO?

 


 
Claros sinais de deterioração econômica, acompanhada de inflação persistente, indefinição e falta de transparência nas diretrizes gerais do setor. 
"Arrumação" das contas públicas, gerando uma incômoda sensação de estarem os administradores oficiais, simplesmente trocando seis por meia dúzia.
Perda de confiança dos investidores, que se retiram. 
Classe política devastadora, pragmática e individualista.
Sistema eleitoral viciado que impede qualquer tentativa de renovação de lideranças e discussão da tão necessária reforma política.
Recrudescimento de ódios, possibilitado pela atuação de um Ministério Público que, com tantas tarefas por fazer, destinadas a proteger a sociedade, sua responsabilidade, insiste na montagem de ações revanchistas histéricas com o objetivo de repaginar a história de um período, difícil, é verdade, mas responsável - sem que tal fato seja assinalado -  por obras de infraestrutura sem as quais o país hoje praticamente não poderia funcionar. 
Visão de governos companheiros de copo e de cruz - unidos por uma esquerda de sarcófago - naufragando e condenando ao encalhe irreversível um acordo estabelecido na contramão dos fluxos internacionais de comércio. 
 
Expressão clara dos verdadeiros objetivos do partido do governo, quando seu líder de coxia, fantasma de uma ópera bufa, apoia um presidente repressor violento, Nicolás Maduro, quando este enfrenta manifestações de oposição. 
Educação abandonada, com quantidade constrangedora de analfabetos adultos.
Segurança pública impotente diante do incrível aumento do número de delitos em todo o país. 
Sistema de saúde falido e assistência médica de má qualidade e, pior, politizada. 
Eventos caros, com custos além dos recursos financeiros oficiais, aos quais o país se apresentou demagogicamente  para sediar - que tal fato não seja esquecido.
Manifestações onidirecionais, desordeiras - já com o primeiro cadáver- e misteriosas quanto aos seus patrocínios.
Consulados estrangeiros com filas quilométricas de jovens tentando obter vistos para sair do país, numa autêntica drenagem de talentos. 
Se a marcha do país, com todas essas mazelas apontadas, entre outras, for comparada à de um veículo cheio de problemas potenciais, só resta perguntar: tem seguro? Se não tem....
 
18 de fevereiro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário