Não é somente as redes sociais que estão cheias de frases de apoio de deputados petistas às crescentes violações dos direitos humanos e da democracia na Venezuela. O governo brasileiro está dando apoio oficial à repressão violenta comandada por Nicolas Maduro contra os estudantes nas ruas, com dezenas de mortes causadas pelo Exército, policia, milícias partidárias e agentes cubanos infiltrados nas manifestações.
É fato notório que o governo venezuelano viola cláusulas democráticas fundamentais do Mercosul e, longe de condenar esta atitude, seus sócios regionais reforçaram a denúncia do Palácio Miraflores sobre uma suposta tentativa opositora de “desestabilizar a ordem democrática” no país. Entre eles, o seu principal membro: o Brasil. Da mesma forma, a Unasul deu apoio institucional a estas violações.
Na opinião do economista uruguaio José Manuel Quijano, que foi diretor da Secretaria do Mercosul nos anos de 2009 e 2010, compartilhada por analistas venezuelanos como Elsa Cardozo, professora da Universidade Central da Venezuela (UCV), que considera “irresponsável” o silêncio do bloco diante das violações dos direitos humanos que estão sendo cometidas com estudantes e opositores”.
A postura dos parceiros de Maduro na região, que em nota oficial respaldaram o presidente bolivariano, contrasta com a de organismos como as Nações Unidas e a Organização de Estados Americanos (OEA), que manifestaram sua preocupação pela violência na Venezuela e os abusos cometidos pelo governo e forças policiais locais, confirmados por informações e imagens divulgadas nos últimos dias por ONGs locais.
Hoje haverá uma grande manifestação nas ruas da Venezuela e a ditadura chavista promete repressão como nunca antes vista. Dilma e seu governo continuam calados diante de um massacre anunciado. As mortes de hoje devem ser debitadas na conta do governo brasileiro que, como membro mais importante do Mercosul, tem a obrigação de exercer mediação e até mesmo pressão. O sangue venezuelano mancha as mãos do petismo, aliado do chavismo.
18 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks
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