"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O SILÊNCIO DOS QUE NUNCA SERÃO INOCENTES



Se alguém tiver interesse em saber o que se passa no Brasil, basta usar uma mesa bem grande. Espalhar sobre ela todas as peças perdidas de um grande quebra-cabeças que vêm sendo jogado, peça por peça no tabuleiro há mais de década. Ah, mas ninguém quer se dar ao trabalho. A isso chamamos de silêncio dos coniventes. Pessoas que acham que isso não lhes diz respeito, não lhe interessam, pois é coisa de política e, ‘eu não me envolvo com política’!

Pois saiba que, sem que seja de modo algum, ofensa, você é um idiota – Do Grego Idiotés, aquele que não se envolve na política ou nos assuntos da sociedade e da vida em coletividade – pois é, não é ofensa. Enquanto, Polítikós , do mesmo Grego – é aquele que participa - mas a escolha é sua. Apenas um lembrete: Os ausentes nunca terão razão. Pelo simples fato da omissão e da ausência na participação, portanto, o que alguém escolherá em seu lugar, será seu destino, obrigação e submissão. A hora de se posicionar é agora.

Vivemos em estado declarado de sítio moral e político, mas ‘nós’ coletivamente escolhemos isso. Escolhemos PTs, Lulas, Dilmas, Tarsos e camarilhas. Nós somos cúmplices dessa canalha. E não adianta eu me rebelar ao dizer ‘eu não votei neles’. Os meus, todos os meus, a maioria os escolheu.

E agora somos escravos da Lei, pois não há outro modo legal de retirá-los de lá, que não pela força da Lei, que aliás, só pode ser exigida, executada, e cumprida por aqueles que nós também escolhemos e, pasme, são cúmplices destes. Vimos imagens de Tarso dando instruções aos anarquistas que tomaram a Câmara de Vereadores.

Onde estava a Polícia? Se há uma invasão de edifício abandonado para moradias, o que acontece? Polícia vem com ordem judicial e expulsa os invasores. Na Câmara houve o mesmo, mas uma juíza aliada do governador desfez a ordem, e a orgia das fotos de pessoas nuas em plena casa legislativa da cidade riam de todos nós.

Ah, mas por quê? Porque a prefeitura tem um prefeito que não é da tribo. Por que não fizeram isso no Palácio Piratini? Porque lá o governo ditador manda, e seus covardes sequazes obedecem. Por que não tomam de assalto o Congresso Nacional que só têm corruptos, ladrões e condenados? Porque eles fazem parte do sistema ditatorial.

A maior proeza do Diabo foi fazer com que todo mundo acreditasse que ele não existe. A maior proeza da Ditadura Comunista implantada no Brasil é fazer com que todo mundo acredite que vivemos em uma democracia. É a conivência com a falsidade, é a falta de caráter de uma nação. Somos todos cúmplices. Somos todos servos covardes e inúteis. Somos escravos de nossa própria idiotice.
 
22 de agosto de 2013
Gilnei Lima é Editor e Fotógrafo em Porto Alegre.  Originalmente publicado em

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