O comando do PSDB marcou uma reunião de urgência para esta segunda-feira, em São Paulo, com objetivo de discutir o desembarque do partido do governo Michel Temer, segundo o jornalista Gerson Camarotti, da GloboNews. Cresce a tese de que o PSDB pode deixar o governo na próxima semana, depois da votação no Senado, na terça-feira, da reforma trabalhista.
Segundo Camarotti, a decisão de convocar uma reunião de emergência foi tomada na sexta-feira (dia 7), um dia após o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), defender o nome do deputado Rodrigo Maia (PMDB-RJ) para substituir Temer como solução para a crise política.
DE SURPRESA – A declaração pegou de surpresa os tucanos governistas. Tanto que, da Alemanha, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, criticou seus correligionários do PSDB. Pelo Twitter, Nunes chegou a comparar: “Nem Lula nem Dilma tiverem esse tratamento de nossa parte quando éramos oposição”, escreveu, classificando as críticas a Temer como “inoportunas”.
O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), saiu em defesa de Tasso Jereissati. “O Tasso está verbalizando aquilo que pensa a maioria das bancadas no Senado e na Câmara. Isso vai na contramão do que o Aloysio está falando”, disse o deputado, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
O Planalto conta com os ministros tucanos Aloysio Nunes, Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Bruno Araújo (Cidades) e com o presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves, para tentar evitar o desembarque dos tucanos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como dizem os narradores esportivos, está feia a coisa. Há a possibilidade de desembarque imediata, mas quem conhece os tucanos diz que eles continuarão em cima do muro. A conferir. (C.N.)
10 de julho de 2017
Deu em O Tempo
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