Odebrecht quer ser espécie de fiscal de licitações
A Odebrecht, que admitiu ter praticado corrupção em larga escala e hoje colabora com investigações no Brasil e no exterior, se diz disposta a atuar como uma espécie de fiscal de irregularidades.
A diretora de conformidade da Odebrecht, Olga Pontes, afirmou que os acordos de cooperação assinados com a Justiça obrigam a empresa a denunciar às autoridades qualquer irregularidade em licitações disputadas. “Você vai aplicar para poder prestar serviço e, caso você não seja o ganhador [da licitação] e tenha consciência ou evidência de que o processo não foi ganho por questões não lícitas, é nosso dever denunciar”, disse Pontes, durante entrevista à Bloomberg em Brasília. As novas regras de controle e transparência da empresa também se aplicam a clientes antigos, fornecedores e funcionários. “Se a gente for assediado, extorquido ou influenciado, o sistema de conformidade exige que você denuncie”.
Após aceitar fazer delação premiada no âmbito da Lava Jato e assinar acordos de leniência com a Justiça norte-americana, a holding Odebrecht busca restaurar sua imagem e obter novos contratos. Um dos maiores desafios é revitalizar duas das subsidiárias que tiveram maior envolvimento em escândalos de corrupção: construção e engenharia e petróleo e gás. Parte da estratégia consiste em listar a maioria de suas unidades nos próximos 3 anos, e tornar todas elas cias. abertas em seguida, segundo disse o novo presidente, Luciano Nitrini Guidolin, em entrevista ao WSJ. Segundo Pontes, abusca de sócios para processo de IPO exigirá mais controles e transparência.
Pontes assumiu o cargo de chefe de conformidade no ano passado, após ter ocupado cargo semelhante na Braskem, subsidiária da Odebrecht. Ela nega que o fato de ter estado na holding na mesma época em que era operado um vasto esquema de corrupção em vários países seja empecilho à sua função. “Eu não tinha conhecimento das más práticas”.
Pontes diz esperar que as novas regras adotadas pela Odebrecht venham a ser citadas como exemplo de renovação de governança e admite que procedimentos mais rígidos já inviabilizaram alguns negócios. Segundo a executiva, a empresa abriu mão de vender um lote de apartamentos da Odebrecht Realizações por duvidar da origem do dinheiro de um pagamento. “Preferimos não vender do que vender e termos problemas”
10 de julho de 2017
Samy Adghirni.
(enviado por Arthur Jorge C. Pinto)
A Odebrecht, que admitiu ter praticado corrupção em larga escala e hoje colabora com investigações no Brasil e no exterior, se diz disposta a atuar como uma espécie de fiscal de irregularidades.
A diretora de conformidade da Odebrecht, Olga Pontes, afirmou que os acordos de cooperação assinados com a Justiça obrigam a empresa a denunciar às autoridades qualquer irregularidade em licitações disputadas. “Você vai aplicar para poder prestar serviço e, caso você não seja o ganhador [da licitação] e tenha consciência ou evidência de que o processo não foi ganho por questões não lícitas, é nosso dever denunciar”, disse Pontes, durante entrevista à Bloomberg em Brasília. As novas regras de controle e transparência da empresa também se aplicam a clientes antigos, fornecedores e funcionários. “Se a gente for assediado, extorquido ou influenciado, o sistema de conformidade exige que você denuncie”.
Após aceitar fazer delação premiada no âmbito da Lava Jato e assinar acordos de leniência com a Justiça norte-americana, a holding Odebrecht busca restaurar sua imagem e obter novos contratos. Um dos maiores desafios é revitalizar duas das subsidiárias que tiveram maior envolvimento em escândalos de corrupção: construção e engenharia e petróleo e gás. Parte da estratégia consiste em listar a maioria de suas unidades nos próximos 3 anos, e tornar todas elas cias. abertas em seguida, segundo disse o novo presidente, Luciano Nitrini Guidolin, em entrevista ao WSJ. Segundo Pontes, abusca de sócios para processo de IPO exigirá mais controles e transparência.
Pontes assumiu o cargo de chefe de conformidade no ano passado, após ter ocupado cargo semelhante na Braskem, subsidiária da Odebrecht. Ela nega que o fato de ter estado na holding na mesma época em que era operado um vasto esquema de corrupção em vários países seja empecilho à sua função. “Eu não tinha conhecimento das más práticas”.
Pontes diz esperar que as novas regras adotadas pela Odebrecht venham a ser citadas como exemplo de renovação de governança e admite que procedimentos mais rígidos já inviabilizaram alguns negócios. Segundo a executiva, a empresa abriu mão de vender um lote de apartamentos da Odebrecht Realizações por duvidar da origem do dinheiro de um pagamento. “Preferimos não vender do que vender e termos problemas”
10 de julho de 2017
Samy Adghirni.
(enviado por Arthur Jorge C. Pinto)
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