"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

SE PERDER NAS PRÉVIAS DO PSDB, ALCKMIN SERÁ CANDIDATO POR OUTRO PARTIDO


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Charge do Aroeira, reproduzida de O Dia/RJ
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, reagiu à manobra do senador Aécio Neves (MG), que prorrogou o seu mandato no comando do PSDB até maio de 2018. O paulista passou a defender que eventuais prévias para a escolha do candidato tucano à Presidência sejam realizadas em dezembro deste ano ou, no máximo, até janeiro de 2018. Assim, caso não se viabilize no PSDB, Alckmin poderá aproveitar o período que permite a troca partidária – até seis meses antes da eleição.
O limite legal para o governador renunciar ao cargo para ser candidato é o dia 4 de abril. Aliados dizem que ele não quer chegar até lá sem ter certeza que será o nome escolhido pelo PSDB.
Se optar por deixar o partido para concorrer por outra legenda – o PSB já sinalizou que aceitaria lançá-lo -, Alckmin teria de trocar de agremiação até abril. Segundo correligionários do governador, a defesa de uma eleição interna no molde das primárias norte-americanas será feita “com entusiasmo” por seu grupo político, mas o cenário ideal é evitar o confronto.
AÉCIO E SERRA – As prévias são, na verdade, um elemento de pressão sobre Aécio e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, que também está na fila. Ex-adversários internos, Aécio e Serra se uniram para barrar o avanço do governador paulista, que saiu politicamente fortalecido das eleições municipais.
Aécio, Serra, o presidente Michel Temer e o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, que preside do PSD, esperam escolher dentro do grupo um candidato para 2018. Já Alckmin mantém distância do Palácio do Planalto e pretende permanecer assim no ano da eleição.
No atual cenário partidário, o senador mineiro tem ampla maioria na executiva do PSDB e mais influência nos diretórios estaduais.
Para reverter esse quadro, Alckmin contará em 2017 com uma força-tarefa multipartidária que será responsável por nacionalizar sua agenda, ampliar a relação com o Congresso, construir pontes com dirigentes regionais e atrair governadores para o projeto de uma candidatura presidencial independente do governo federal.
PROJETO BRASIL –  O principal articulador do governador é seu vice, Márcio França (PSB). Foi ele quem escalou o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) para coordenar a ação no Nordeste. Um dos primeiros movimentos foi aproximar o governador do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que historicamente é mais próximo de Aécio.
Na Bahia, Alckmin conta hoje com o apoio do deputado João Gualberto, presidente do PSDB estadual. Em dezembro ele reuniu prefeitos baianos para um encontro em Salvador com o governador paulista. O Estado é considerado estratégico porque os dois tucanos mais influentes da região – Antonio Imbassahy e Jutahy Jr – são ligados, respectivamente, a Aécio e Serra.
Pernambuco e Paraíba, dois Estados governados pelo aliado PSB, também estão no foco. Depois de visitar Pernambuco em outubro, Alckmin fez uma cerimônia em dezembro no Palácio dos Bandeirantes para assinar um termo de cessão de bombas utilizadas na captação de água do volume morto do Sistema Cantareira ao governo pernambucano e à Paraíba. Em 2017, o roteiro do paulista vai incluir esses dois destinos.
APOIO DE GOVERNADORES – Se ainda está em minoria na executiva e na bancada tucana, Alckmin está hoje mais próximo dos cinco governadores do partido, em especial Marconi Perillo, de Goiás, e Beto Richa, do Paraná, ambos entusiastas das prévias partidárias.
O discurso “tipo exportação” de Alckmin já está pronto. Enquanto Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro vivem uma situação financeira dramática e o Brasil tem déficits fiscais há três anos seguidos, São Paulo teve superávit fiscal nos últimos três anos.
A principal sombra sobre o projeto de poder de Alckmin é a Operação Lava Jato. Seu nome teria sido citado na delação de um ex-executivo da Odebrecht como destinatário final do repasse de R$ 2 milhões para campanhas em 2010 e 2014, via caixa 2.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O que se diz é que Alckmin está com um pé no PSB, uma espécie de Piada do Ano. Como é que um conservador como Alckmin pode querer ingressar num partido que se diz socialista? Alguma coisa está errada: ou ele é um farsante ou o partido é uma farsa. (C.N.)


17 de janeiro de 2017
Deu em O Povo

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