"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

MORO AUTORIZA DEPOIMENTO DE MINISTRO COMO TESTEMUNHA DE CLÁUDIA CRUZ

QUINTELLA E 3 DEPUTADOS FALARÃO EM DEFESA DA MULHER DE CUNHA
O MINISTRO MAURÍCIO QUINTELLA E OS DEPUTADOS HUGO MOTTA, CARLOS MARUM E JOVAIR ARANTES, TODOS ALIADOS DE CUNHA, SERÃO TESTEMUNHAS DE DEFESA DA ESPOSA DO EX-PRESIDENTE DA CÂMARA

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, autorizou o depoimento do ministro dos Transportes do governo Temer, Maurício Quintella (PR-AL), e dos deputados Hugo Motta (PMDB-PB), Carlos Marun (PMDB-MS) e Jovair Arantes (PTB-GO), aliados do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O ministro e os parlamentares vão falar como testemunhas de defesa da jornalista Cláudia Cruz, mulher de Cunha, em ação penal na Operação Lava Jato.

“Quanto às testemunhas Hugo Motta, Carlos Marum, Maurício Quintella e Jovair Arantes, reputou imprescindível à tomada de depoimentos orais. Em que pese o posicionamento já esposado por este Juízo, diante da manifestação da Defesa, e a bem da ampla defesa, resolvo deferir a oitiva dos quatro parlamentares acima listados”, determinou Moro.

A mulher de Cunha é acusada de ter evadido dinheiro e lavado US$ 1 milhão provenientes de crimes praticados pelo ex-presidente da Câmara no esquema de corrupção na Petrobrás. Cláudia foi denunciada por lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Parte da tropa de choque do Eduardo Cunha na Câmara, Hugo Motta, ex-presidente da CPI da Petrobrás, e Jovair Arantes, relator do processo de impeachment na Comissão da Casa, não compareceram à votação da cassação do marido de Cláudia.

Cunha teve o mandato cassado em 12 de julho por 450 votos favoráveis, 10 contrários e 9 abstenções. Carlos Marun votou contra a cassação de Cunha e acompanhou o ex-parlamentar peemedebista durante a votação na Câmara.

A Justiça Federal no Paraná colocou quatro datas (26 de setembro, 28 de setembro, 5 de outubro ou 6 de outubro) disponíveis para as testemunhas de Cláudia.

Na sexta-feira, 16, Hugo Motta solicitou o agendamento de seu depoimento para entre os dias 10 e 20 de novembro.

O parlamentar alegou que está ‘impossibilitado de marcar em uma das datas propostas, pois devido ao período eleitoral tem uma agenda extensa de compromissos no Estado da Paraíba’.

Carlos Marun informou que pode prestar depoimento em 5 de outubro na Justiça Federal do Distrito Federal. Maurício Quintella se dispôs a falar em 6 de outubro. Até o fechamento desta matéria, Jovair Arantes ainda não tinha respondido à Justiça Federal.

Também são acusados nesta ação penall Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da estatal petrolífera, pelo crime de corrupção passiva; João Augusto Rezende Henriques, operador que representava o PMDB no esquema, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas; e Idalecio Oliveira, empresário português proprietário da CBH (Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl), pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. (AE)


19 de setembro de 2016
diário do poder

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