É preciso prestar atenção. Do jeito que as coisas vão, logo o Brasil se verá envolvido num conflito que, se não for civil, passará bem perto. Importa menos saber quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, pois o pior se aproxima, ou melhor, já chegou. Apesar de dispor de designações variadas, estamos divididos em dois. Duas forças em choque: conservadores versus progressistas; direita contra esquerda; pobres, em oposição a ricos. Claro que dentro dessa simplificação absurda existirão mil nuanças e subdivisões, mas a verdade é que rapidamente chegaremos ao ápice de um confronto fundamental.
Nossa História permanece cheia de exemplos capazes de demonstrar quantas vezes estivemos perto da ruptura, seja política ou social. Só que agora é mais grave.
De um lado estão os que se aferram ao retrocesso e buscam implantar um sistema favorável à revogação de reformas sociais. Não tiveram escrúpulos em tomar o poder por artifícios escusos e preparam a extinção de conquistas anteriores, prometendo reformar para que tudo continue na mesma.
No reverso da medalha situam-se os que promoveram mudanças significativas, mas, ao mesmo tempo, encenaram amplo espetáculo de presunção, egoísmo e corrupção. Usaram o poder em favor de seus interesses pessoais.
Cada lado dispõe-se a arrasar o adversário às custas das reais conquistas da civilização e da cultura, duramente promovidas enquanto puderam conviver. Estão a um passo de se destruir e, com eles, o país até pouco tido como uno, indivisível e promissor.
19 de setembro de 2016
Carlos Chagas
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