Reportagem de Daniel Bramatti, O Estado de São Paulo de segunda-feira, revela os reflexos, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, da ocupação de horários pelos candidatos a prefeito e vereador na exposição de suas imagens e mensagens nos espaços das emissoras de televisão e rádio.
A campanha nos meios de comunicação foi reduzida de 45 para 35 dias. E o tempo semanal diminuiu de 90 para 60 minutos. Em compensação as inserções no curso das programações normais aumentou de 1350 para 1470 no decorrer dos 35 dias. O período de acesso dos candidatos e partidos começa a 26 de agosto e termina, portanto, a primeiro de outubro.
Na minha opinião, é melhor para os candidatos porque tempos longos sem interrupção exasperam os telespectadores e os ouvintes. As inserções rápidas, além de significarem um alívio, se bem produzidas na forma e conteúdo, são mais eficientes. Vai depender, contudo, da capacidade de formular e comunicar de cada um.
PRIMEIRO TURNO – Esses espaços, que incluem os vereadores, valem para o primeiro turno. Relativamente ao segundo, os vereadores estarão excluídos, e os tempos serão iguais para os dois candidatos a prefeito maIs votados no primeiro confronto. Afasto a hipótese de um candidato vencer direto no primeiro turno, já que a matéria de Daniel Bramatti, muito boa por sinal, refere-se apenas ao Rio e São Paulo.
A legislação melhorou, tornou-se mais objetiva, mas ainda predomina o critério da distribuição do tempo pela representação numérica das bancadas por legenda na Câmara Federal. Na largada, já que atravessamos uma Olimpíada, destacaram-se, como era natural prever, a formação de coligações.
Quanto mais partidos coligados, mais tempo no rádio e na televisão. Mas passou a valer o limite de se computar as seis maiores legendas para efeito da distribuição. Dez por cento serão distribuídos em partes iguais.
LADO A LADO – Nada impede, pela lei, que o candidato a prefeito se apresente nos espaços reservados à sua coligação ao lado de um candidato a vereador. Mas é questão de escolha pessoal dos que disputam as prefeituras.
No Rio, o prefeito Eduardo Paes, com o número recorde de legendas coligadas, assegura 30 inserções por dia de 3 minutos a seu candidato, Pedro Paulo. Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin fez o mesmo, destinando a seu candidato, João Dória 28 inserções diárias, também de 3 minutos cada uma.
Vantagem ou desvantagem? Acho pessoalmente que depende da atuação de cada um na campanha. Ataques de um candidato contra o outro, é claro, não vão faltar. Basicamente, porém, a maior disponibilidade de tempo de exposição é uma vantagem, mas, como disse, de efeito incerto.
DIVISÃO NO RIO – Na cidade do Rio de Janeiro, como destacou a reportagem de O Estado de São Paulo, Pedro Paulo terá direito a 30 minutos de inserções por dia, seguido de Jandira Feghali (13), Índio da Costa (12), Carlos Osório (11), Marcelo Crivella (10). O demais – Flávio Bolsonaro, Alessandro Molon, Marcelo Freixo, Carmen Migueles e Ciro Garcia – vão aparecer muito poucas vezes. Inclusive o tempo de cada inserção varia. Enquanto para Pedro Paulo cada inserção é de 3 minutos e 30 segundos, para Feghali será de 1 minuto e 29 segundos. Índio da Costa e Carlos Osório vão ter, respectivamente, 1 minuto e 29 segundos, e 1 minuto e 26 segundos.
Mas o problema não se limita aí. Depende, é bom não esquecer, em quais programas de TV as inserções serão exibidas. Um desafio para a inteligência dos cariocas e paulistas.
19 de agosto de 2016
Pedro do Coutto
Apesar de ter somente 10 minutos, acredito que o Crivella conseguirá transmitir seus ideais e propostas para a prefeitura da nossa cidade. Além dos projetos de lei que são ótimos!
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