Um amigo, Renato Lima, me mandou um comentário de um petista em relação ao texto “Lula declara guerra à Justiça, à imprensa, à democracia e ao bom senso”, de Reinaldo Azevedo.
Um dos equívocos de Azevedo neste texto foi aceitar a propaganda petista, assim como havia acontecido com Leandro Narloch. A coleção de ardis petistas inclui, dentre outras coisas, dizer que “Sergio Moro exagerou”. Pessoas de direita, mesmo bem intencionadas, podem cair no jogo. Em vários casos, é o que aconteceu.
Pena que este jogo petista perdeu o prazo de validade em menos de 48 após a condução coercitiva de Lula. Em matéria de Fausto Macedo sabemos que Lula só foi obrigado a depor (a tal “condução coercitiva”) porque disse que “só sairia algemado”. Também sabemos que a condução coercitiva já tinha jurisprudência, tendo sido adotada 177 vezes pela Lava Jato. Assim, é hora de refletirmos: vale a pena cairmos em propagandas do PT?
Voltando ao comentário do petista, enviado por Renato, ele segue abaixo. Peço que mantenha o sangue frio, pois mapearei os embustes ao final do texto:
Esse artigo de Reinaldo Azevedo mostra que a oposição golpista sabe que errou a mão ao atacar Lula e está confusa acerca do que pode vir nos próximos dias. Ela subestima perigosamente a militância petista, como se não houvessem precedentes tristes para a duríssima e duradoura resistência esquerdista, mesmo numa situação, como a do século passado, onde o comunismo era largamente impopular neste Brasil outrora fortemente católico.
A oposição está arrogantemente vislumbrada e ansiosa por tomar o poder por qualquer meio. Isso está tornando-a imprudente. A impaciência pode fazer com que ela ponha tudo a perder. É irônico, porque se ela agisse com calma, é muito provável que ela lograsse a Presidência tranquilamente em 2018, pelo simples fato de que o projeto do Foro de São Paulo está sendo revertido nas urnas em toda a América Latina, inclusive com indicações notáveis em países com um esquerdismo duro, como a Venezuela e a Bolívia. O Brasil não ficaria de fora dessa guinada à direita. Agora, é possível que o PT tenha ganhado um bom motivo para resistir e lutar.
A oposição está fazendo do Brasil o Stalingrado do Foro de São Paulo. A necessidade desesperada pela sobrevivência faz milagres até mesmo entre os mais pusilânimes. A Síria, a Colômbia, a Venezuela e outros países com divisões políticas severas, mostram que não se pode subestimar o espírito humano pela resistência desesperada.
Ademais, o Brasil faz parte dos BRICS. Eu prevejo que numa eventualidade de queda ilegal da Dilma, a Rússia e a China estariam muito interessadas em armarem o PT e o MST, para que o país não caia nas mãos da OTAN. Pensar que o Exército brasileiro tem o poder mágico de desencorajar a violência, é de uma ingenuidade atroz. Nunca é tão simples assim, ainda mais com um Exército obsoleto. Ambas as potências já disseram basta às operações de regime change contra os seus aliados estratégicos e certamente farão alguma coisa discreta para ajudarem a militância esquerdista. Nem que seja só para ganharem tempo, para que convençam os golpistas a manterem o país nos BRICS.
Eu digo essas coisas, não porque eu quero que elas aconteçam. Eu amo o meu país, amo a paz e respeito todos os meus compatriotas, até mesmo os golpistas e os marxistas. Eu não quero que o meu povo se machuque. Eu não estou fazendo apologia a nada. Eu estou compartilhando um prognóstico de um possível desdobramento que me é muitíssimo claro. Eu estou apenas tentando mostrar em que pé está a geopolítica mundial e como é fútil nutrir idéias de golpes ilegais, cujos desdobramentos não se podem ignorar, tampouco controlar.
Vivemos em tempos perigosos, mais do que os anos da Guerra Fria. Não temos o direito, como um povo, de olharmos apenas para os nossos umbigos. Os nossos atos ilegais terão consequências globais.
A oposição pode até lograr depor a Dilma. Contudo, é muito provável que ela governe apenas a metade sulista do país ou, se o Brasil for preservado, que o governo provisional seja um inferno vão.
A única instituição brasileira que pode parar o processo de golpe é o STF. O Congresso está desmoralizado, a Presidência está desmoralizada, a mídia está conspirando, os partidos estão conflagrados e o povo está dividido, confuso e inconsciente do que realmente está em jogo. O golpe está sendo engendrado na Justiça e somente o STF e o CNJ podem pará-lo. Ninguém mais pode.
Para que o golpe seja sustado e o povo brasileiro seja preservado em paz e segurança, a primeira medida que deve ser tomada, é o afastamento imediato do Juiz Sérgio Moro. Depois, uma limpeza na Polícia Federal.
A Operação Lava Jato é muito importante para o país e merece ser continuada. Porém, não sob Moro e tampouco com a parcialidade que ela está sendo conduzida pela Polícia Federal. Moro, em particular, está se tornando um problema muito sério de segurança nacional, e para proteger o país, ele deve ser urgentemente comissionado a um inquérito mais modesto, que não favoreça a vaidade, ou ele deve ser completamente afastado da Vara. O STF deve isso ao país. Se o tribunal for moroso ou negligente quanto a Moro, dentro de meses, pode não mais haver um STF funcionando.
Pessoas que se recusam a entender a comunicação petista como parte de um jogo tendem a se deixar impressionar. Mas acho que precisamos falar para nós mesmos: “É moralmente justo cairmos em truques psicológicos petistas como aconteceria com uma criança?”. Eu acho que isto já se torna até imoral nos dias atuais.
Mas observemos o que encontramos em termos de jogos no texto petista:
“Esse artigo de Reinaldo Azevedo mostra que a oposição golpista sabe que errou a mão ao atacar…” <- Laudo falso dado sobre o oponente. O truque do laudo falso já havia sido mapeado por mim nas eleições de 2014.
Acontece quando seu inimigo finge estar fazendo uma avaliação, usando até uma simulação de condescendência, para daí dizer: “Você errou, e vai se dar mal”. É truque de guerra e nada mais.
“e está confusa acerca do que pode vir” <- Mais laudo falso.
“A oposição está arrogantemente vislumbrada e ansiosa” <- De novo um falso laudo? Veja como os jogos se repetem.
“A impaciência pode fazer com que ela ponha tudo a perder. É irônico, porque se ela agisse com calma, é muito provável que” <- De novo um laudo falso, e agora com uma falsa dica. É claro que eles queriam que Lula não fosse pego para ter tempo de esconder provas.
“Agora, é possível que o PT tenha ganhado um bom motivo para resistir e lutar.” <- Técnica do “estamos melhor que antes” ou o famoso “o que não me mata me faz mais forte”. Truque velho. E ainda tem gente que cai…
“A oposição está fazendo do Brasil o Stalingrado do Foro de São Paulo” <- A famosa técnica de dizer que “sua vitória será a vitória de Pirro”. Isso não deveria assustar pessoas que assistiram a filmes de ação básicos, como “Os Mercenários” e “Comando Para atar”. Nesses filmes, sempre encontramos vilões usando essa técnica de “você vai perder se vier aqui lutar”.
“Eu prevejo que numa eventualidade de queda ilegal da Dilma, a Rússia e a China estariam muito interessadas em armarem o PT e o MST” <- Como alinsky disse “poder não é o que você tem, mas o que o seu inimigo pensa que você tem”. Obviamente, ele está encenando.
“Pensar que o Exército brasileiro tem o poder mágico de desencorajar a violência, é de uma ingenuidade atroz” <-De novo o laudo falso, junto com a tentativa de convencer um oponente de um poder que o PT não possui.
“Eu digo essas coisas, não porque eu quero que elas aconteçam” <- Simulação de falso apartidarismo. Truque de marketing básico.
“Eu estou compartilhando um prognóstico de um possível desdobramento que me é muitíssimo claro” <- Simulação de falsa racionalidade. Não. Na verdade, ele está apenas usando técnicas para tentar desestimular a ação oponente. Qualquer leitura de Sun Tzu já derruba isso.
“Não temos o direito, como um povo, de olharmos apenas para os nossos umbigos”<- Shaming com laudo falso, mas novamente sempre baseado no fingimento de que “ele fala em nome do povo”. Não, o povo não é composto de sicários do PT.
“A oposição pode até lograr depor a Dilma. Contudo, é muito provável que ela governe apenas a metade sulista do país ou, se o Brasil for preservado, que o governo provisional seja um inferno vão.” <- Repeteco do jogo psicológico para fingir que a vitória do adversário é a vitória de Pirro.
“A única instituição brasileira que pode parar o processo de golpe é o STF” <-Advocacy desonestíssimo, pois o STF não tem credibilidade. Não passa, hoje, do “Puxadinho do PT”.
“O Congresso está desmoralizado, a Presidência está desmoralizada, a mídia está conspirando, os partidos estão conflagrados e o povo está dividido” <- Diversos jogos sujos típicos dos petistas, chegando a colocar a culpa na mídia e na “polarização”. Creio que nenhuma pessoa adulta honesta pode cair nestes truques mais.
“O golpe está sendo engendrado na Justiça e somente o STF e o CNJ podem pará-lo. Ninguém mais pode.” <- Advocacy em nome de instituições aparelhadas. Na verdade, STF e CNJ devem ser pressionados para parar de atrapalhar a PF, esta sim digna de elogios.
“Para que o golpe seja sustado e o povo brasileiro seja preservado em paz e segurança, a primeira medida que deve ser tomada, é o afastamento imediato do Juiz Sérgio Moro. Depois, uma limpeza na Polícia Federal.” <- Aqui ele jogou alto. Começou pela técnica do ‘acuse-os do que fazemos’. Primeiro ele acusa os oponentes, democráticos, de golpistas. e aí propõe um golpe.
“Porém, não sob Moro e tampouco com a parcialidade que ela está sendo conduzida pela Polícia Federal.” <- Estratégia “no way” a partir de simulação de falsa imparcialidade.
“Moro, em particular, está se tornando um problema muito sério de segurança nacional… O STF deve isso ao país. Se o tribunal for moroso ou negligente quanto a Moro, dentro de meses, pode não mais haver um STF funcionando.” <- De novo a ameacinha de costume (a tal da encenação da vitória de Pirro), assim como a proposição de um golpe – tirar Moro – a partir de uma instituição sem credibilidade. Só jogo sujo, do início ao fim.
Como se vê, não há comunicação possível com os petistas. As frases proferidas por eles – sejam em forma escrita ou via oral – sempre terão um fim: jogar jogos sujos para livrar seus líderes da punição e obter diversas formas de benefício. Enquanto fazem isso, tentarão causar colapsos cerebrais em oposicionistas, alguns dos quais podem cair nestes jogos. Devemos olhar para os fatos e questionar as notícias, mas cair direito nos jogos psicológicos emitidos por petistas já beira a imoralidade.
Por vias indiretas, o PT está nos ensinando uma dura, mas utilíssima lição: a era da tolerância à infantilização política já passou. Precisamos de uma “malandragem” positiva, assim como um olhar de lince para as comunicações políticas. Caso contrário, seremos feitos de crianças nas mãos de pessoas com um absurdo grau de perversidade.
Está na hora de rejeitarmos a inocência política. E a forma como reagimos à qualquer comunicação lançada pelos petistas define como iremos atuar na política. Se como adultos ou como crianças. É hora de crescer.
19 de agosto de 2016
Luciano Henrique, Ceticismo político
“e está confusa acerca do que pode vir” <- Mais laudo falso.
“A oposição está arrogantemente vislumbrada e ansiosa” <- De novo um falso laudo? Veja como os jogos se repetem.
“A impaciência pode fazer com que ela ponha tudo a perder. É irônico, porque se ela agisse com calma, é muito provável que” <- De novo um laudo falso, e agora com uma falsa dica. É claro que eles queriam que Lula não fosse pego para ter tempo de esconder provas.
“Agora, é possível que o PT tenha ganhado um bom motivo para resistir e lutar.” <- Técnica do “estamos melhor que antes” ou o famoso “o que não me mata me faz mais forte”. Truque velho. E ainda tem gente que cai…
“A oposição está fazendo do Brasil o Stalingrado do Foro de São Paulo” <- A famosa técnica de dizer que “sua vitória será a vitória de Pirro”. Isso não deveria assustar pessoas que assistiram a filmes de ação básicos, como “Os Mercenários” e “Comando Para atar”. Nesses filmes, sempre encontramos vilões usando essa técnica de “você vai perder se vier aqui lutar”.
“Eu prevejo que numa eventualidade de queda ilegal da Dilma, a Rússia e a China estariam muito interessadas em armarem o PT e o MST” <- Como alinsky disse “poder não é o que você tem, mas o que o seu inimigo pensa que você tem”. Obviamente, ele está encenando.
“Pensar que o Exército brasileiro tem o poder mágico de desencorajar a violência, é de uma ingenuidade atroz” <-De novo o laudo falso, junto com a tentativa de convencer um oponente de um poder que o PT não possui.
“Eu digo essas coisas, não porque eu quero que elas aconteçam” <- Simulação de falso apartidarismo. Truque de marketing básico.
“Eu estou compartilhando um prognóstico de um possível desdobramento que me é muitíssimo claro” <- Simulação de falsa racionalidade. Não. Na verdade, ele está apenas usando técnicas para tentar desestimular a ação oponente. Qualquer leitura de Sun Tzu já derruba isso.
“Não temos o direito, como um povo, de olharmos apenas para os nossos umbigos”<- Shaming com laudo falso, mas novamente sempre baseado no fingimento de que “ele fala em nome do povo”. Não, o povo não é composto de sicários do PT.
“A oposição pode até lograr depor a Dilma. Contudo, é muito provável que ela governe apenas a metade sulista do país ou, se o Brasil for preservado, que o governo provisional seja um inferno vão.” <- Repeteco do jogo psicológico para fingir que a vitória do adversário é a vitória de Pirro.
“A única instituição brasileira que pode parar o processo de golpe é o STF” <-Advocacy desonestíssimo, pois o STF não tem credibilidade. Não passa, hoje, do “Puxadinho do PT”.
“O Congresso está desmoralizado, a Presidência está desmoralizada, a mídia está conspirando, os partidos estão conflagrados e o povo está dividido” <- Diversos jogos sujos típicos dos petistas, chegando a colocar a culpa na mídia e na “polarização”. Creio que nenhuma pessoa adulta honesta pode cair nestes truques mais.
“O golpe está sendo engendrado na Justiça e somente o STF e o CNJ podem pará-lo. Ninguém mais pode.” <- Advocacy em nome de instituições aparelhadas. Na verdade, STF e CNJ devem ser pressionados para parar de atrapalhar a PF, esta sim digna de elogios.
“Para que o golpe seja sustado e o povo brasileiro seja preservado em paz e segurança, a primeira medida que deve ser tomada, é o afastamento imediato do Juiz Sérgio Moro. Depois, uma limpeza na Polícia Federal.” <- Aqui ele jogou alto. Começou pela técnica do ‘acuse-os do que fazemos’. Primeiro ele acusa os oponentes, democráticos, de golpistas. e aí propõe um golpe.
“Porém, não sob Moro e tampouco com a parcialidade que ela está sendo conduzida pela Polícia Federal.” <- Estratégia “no way” a partir de simulação de falsa imparcialidade.
“Moro, em particular, está se tornando um problema muito sério de segurança nacional… O STF deve isso ao país. Se o tribunal for moroso ou negligente quanto a Moro, dentro de meses, pode não mais haver um STF funcionando.” <- De novo a ameacinha de costume (a tal da encenação da vitória de Pirro), assim como a proposição de um golpe – tirar Moro – a partir de uma instituição sem credibilidade. Só jogo sujo, do início ao fim.
Como se vê, não há comunicação possível com os petistas. As frases proferidas por eles – sejam em forma escrita ou via oral – sempre terão um fim: jogar jogos sujos para livrar seus líderes da punição e obter diversas formas de benefício. Enquanto fazem isso, tentarão causar colapsos cerebrais em oposicionistas, alguns dos quais podem cair nestes jogos. Devemos olhar para os fatos e questionar as notícias, mas cair direito nos jogos psicológicos emitidos por petistas já beira a imoralidade.
Por vias indiretas, o PT está nos ensinando uma dura, mas utilíssima lição: a era da tolerância à infantilização política já passou. Precisamos de uma “malandragem” positiva, assim como um olhar de lince para as comunicações políticas. Caso contrário, seremos feitos de crianças nas mãos de pessoas com um absurdo grau de perversidade.
Está na hora de rejeitarmos a inocência política. E a forma como reagimos à qualquer comunicação lançada pelos petistas define como iremos atuar na política. Se como adultos ou como crianças. É hora de crescer.
19 de agosto de 2016
Luciano Henrique, Ceticismo político
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