"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016


Janot diz que, neste caso, apenas Cunha tem foro privilegiado







O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF que a investigação sobre empresas suspeitas de corrupção na Caixa Econômica Federal seja enviada para o juiz Sergio Moro. Entre as investigadas está o grupo J&F, que inclui a gigante do ramo frigorífico JBS, a BR Vias, do dono da Gol, Henrique Constantino, e a Odebrecht Ambiental. O pedido foi feito ao ministro Teori Zavascki e ainda não teve decisão.
As empresas foram acusadas na delação premiada do ex-vice presidente da Caixa, Fábio Cleto, de terem pago propina em troca da obtenção de recursos do fundo de investimentos do FGTS. Cleto apontou como recebedores da propina ele próprio, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro.
Embora a delação de Cleto não trate de corrupção na Petrobras, Janot aponta conexão do caso com a Lava Jato, por ser a origem da sua delação, e por isso pede que as investigações relacionadas às empresas, citadas como “corruptores”, fiquem na 13ª Vara Federal de Curitiba.
PROPINA – No caso da J&F, a acusação de Cleto é que houve pagamento de propina em troca de um aporte de R$ 940 milhões para a Eldorado, integrante do grupo. O delator também apontou relação entre Joesley Batista, que foi alvo de buscas, e Funaro.
As outras empresas relacionadas são a Haztec, a Aquapolo Ambiental, a BR Vias, a Lamsa (Linha Amarela S.A.), a Brado Logística e a Moura Dubeux Engenharia.
A Procuradoria-Geral da República pede para ser mantida no Supremo apenas a investigação relacionada a Cunha, por ele ter foro privilegiado, e solicita a abertura de novo inquérito para apurar de que forma o peemedebista teria recebido a propina.
OUTRO LADO – Em nota, a J&F diz que as empresas do grupo “estão e estarão sempre à disposição para colaborar com qualquer investigação” e que “reitera todo seu interesse em colaborar com as autoridades”.
A defesa de Cunha diz que o pedido por novo inquérito mostra que a denúncia já movida contra o peemedebista foi “açodada” e sem provas.
A defesa de Funaro afirmou que o pedido de desmembramento “ratifica a absoluta ausência de provas de qualquer ato ilícito”.
A BR Vias diz que não foi notificada. A Brado afirma que as acusações se referem a uma gestão anterior e que abriu auditoria interna. As outras empresas não comentaram ou não responderam.
19 de agosto de 2016
Aguirre TalentoFolha

Nenhum comentário:

Postar um comentário