Alguém que neste país possua, no mínimo, dois neurônios ainda tem dúvida se houve ou não provocação aos professores em greve?! Os salários dos mandarins dos três podres poderes, mormente de senadores, de(puta)dos, vereadores, prefeitos, governadores, desembargadores, juízes, ministros das últimas instâncias et caterva (além do foro privilegiado – que excrescência, meus deuses?!) são, sim, um verdadeiro escárnio, desprezo, desrespeito, verdadeira provocação contra todos os professores do Brasil, muitos dos quais lutam bravamente, sem nenhuma infraestrutura para, pelo menos, alfabetizar a criançada.
A presidente, não satisfeita com o generoso aumento de salário autoconcedido pelos de(puta)dos no silêncio da madrugada, como sempre, triplicou o fundo partidário, para agradar suas excrescências, digo, excelências (excelente em que, meus deuses?!).
Em matéria de caráter, nem sabem do que se trata; ética, que palavra estranha… Pensam eles que possam locupletar-se mais anchamente. Sim, senhores, somos todos, cidadãos e cidadãs brasileiros trabalhadores, pagadores de impostos, escorchados diuturnamente pela canalha que se assenhorou de nós e do nosso suor (ou intelecto) desde 1500.
Aturamos provocações, achincalhes, desrespeito de todas as maneiras, ao sabor do estado de espírito do dono do rebanho da vez. Não passamos de reses para esses canalhas.
ATENDIMENTO TERCEIRIZADO
Agora, mais uma invenção perversa do monarca que está com o cetro na mão: as repartições públicas (nas três esferas administrativas, aproveitando o advento da Internet, estão fechando todo canal presencial (setor) de comunicação com o cidadão – isto porque o serviço é público, pelo menos em tese, existe em função do povo.
Colocam uns terceirizados no balcão de informações (este, como terceirizado sem nenhum treinamento, nunca sabe prestar qualquer informação, até porque, realmente, a atividade-fim da empresa/autarquia lhe é completamente estranha. E o guardinha de segurança, claro, que está ali para barrar qualquer tentativa/requerimento de melhor atendimento.
ATÉ NO TRIBUNAL…
Para se ter uma idéia da situação kafkiana que estamos vivendo: há cerca de dois anos atrás, indo interpor um Recurso Extraordinário (para o STF), no Proger da 2ª Instância do TJRJ, fui atendida por uma terceirizada (se bobear, com exceção dos promotores, juízes, desembargadores e defensores públicos, daqui a pouco teremos mais terceirizados que concursados no TJRJ – estamos a caminho disso, visto ser a família que é dona da empresa de terceirização!)
Pois bem, quando entreguei a petição para a mulher que estava no guichê, esta começou a “”analisar”” a petição – embora sem nenhuma competência para tal tarefa – e a me questionar do porquê de estar interpondo tal recurso, se eu tinha certeza de que era mesmo o recurso próprio etc. Aí, não tive outra saída senão chamar o diretor do setor para dar fim a tal absurdo. Quando se trata de ação que deve tramitar em “segredo de justiça” ocorre o mesmo. Enfim, estamos nas mãos de… provocadores de toda espécie.
24 de junho de 2015
Dione Castro da Silva
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