É cansativo aturar a ignorância de quem critica a Oposição por não destruir o PT, tendo tantas e tantas denúncias para fazer.
Com que armas, estúpido? Tanto na Câmara quanto no Congresso, o governo federal, à base de propina e compra de votos, possui maioria para aprovar o que quiser e engavetar o que bem entender.
A Oposição é mera figurante e vive em busca de causas que consigam formar uma maioria provisória, aquelas que envolvem temas que são do interesse de várias correntes. Um exemplo: o Código Florestal. Outro exemplo: o decreto da "participação social", derrubado na terça-feira, apenas porque retirava prerrogativas do Legislativo.
No dia a dia a luta é inglória e depende de muita habilidade, muita negociação e até mesmo de truques legislativos para que a Oposição possa, pelo menos, se não consegue rejeitar ou aprovar, chamar a atenção da sociedade, como é o caso das obstruções ou das convocações para depoimentos nas Comissões.
No mais, o que resta para a Oposição é o microfone, onde são feitos os discursos, os protestos e as denúncias, que a Imprensa cobre ou não cobre, de acordo com os seus interesses.
É muito fácil descer o pau na Oposição, sem reconhecer que ela é minoria e faz das tripas o coração para defender a democracia e lutar contra a corrupção. Estes estúpidos que falam da boca para fora, sem conhecer os ritos e limitações de um regime democrático, escandalizam-se, inclusive, quando a Oposição ajuda a aprovar algum projeto que favorece o Governo, sem entender que ali houve uma troca pela aprovação de outro projeto que seja do interesse dela, como a renegociação da dívida de um estado, a redução de um imposto, um investimento estratégico para o país.
Hoje a Oposição minoritária vive de denúncias, dependendo da Imprensa, da rara Imprensa que ainda não está a soldo do petismo.
Por isso, tomem cuidado para não cometerem injustiças contra uma Oposição que é corajosa, leal e atuante, mas que enfrenta canhões com um estilingue. Ela depende do nosso apoio para ter sustentação e não da crítica infundada e do ataque do seu próprio eleitorado.
31 de outubro de 2014
in coroneLeaks
COMENTÁRIO AO PÉ DO TEXTO
A propósito do título: "democracia é maioria", pergunto": mesmo que a custa de violentas fraudes, mentiras e infâmias!!! Será que com tanto lixo que se joga numa eleição, ela continua sendo democrática, apenas porque é maioria ? Democracia seria sinônimo de impunidade e barbárie, e deve ser combatida com bom mocismo e educação, tudo democraticamente bem pautado? E até o Foro de São Paulo deve ser combatido com democracia... Ora me essa, sô!!!
Um partido que nada tem de democrático, que faz da democracia um caminho para o 'bolivarismo' (ou 'venezuelismo'), usando de todos os meios para alcançar o fim almejado, dividindo o país em raças e classes, elegendo minorias acima de maioria, e se vai falar em usar os meios democráticos para apeá-lo do poder?
Eis aí o que acontece! A subversão da democracia pela fraude... Será que somente resta o microfone para que possamos impedir muitos e outros decretos do tipo 8243? Até quando, após servido o banquete, continuaremos com o direito de exercer e exprimir o pensamento dissidente?
O texto é mais ou menos como uma alfinetada num balão colorido! Ele nos diz: tenham calma! Não é discutindo os critérios de ação da oposição que calaremos a fúria do PT, somos minoria, não temos força no Congresso, nada podemos fazer... Dependemos da imprensa para dar voz às denúncias... A oposição é fraca, muda, inoperante... Deixemo-la em paz, dormir sobre os votos que lá a colocaram...
E cá com os meus botões, fico me perguntando: será que metade do Brasil (e quem sabe muito mais do que a metade...) votante, que escolheu o 45 - uma gigantesca onda azul de oposição - nada representa? Continuamos minoria, mesmo que representemos 50 milhões de eleitores? Não dependemos da imprensa para dar visibilidade a insatisfação, que não é esse o Brasil que desejamos... Parece-me que se a oposição não tem espaço no Congresso, o seu lugar é a rua, as avenidas das redes sociais, é a manifestação de descontentamento, a resistência mesmo que com poucas vozes no Congresso. É romper com interesses velados, com o corporativismo que não enxerga cor de partidos, mas zela por ambições não tão oposicionistas; é romper com o estrabismo em questões do interesse da sociedade.
As denúncias devem ecoar no MP e não na imprensa apenas. A cobrança para que lá ecoem é da sociedade, e da oposição. A PF investiga, prova e denuncia. O que nos cabe, e a dita oposição, é cobrar que a denúncia continue viva, e não engavetada, arquivada.
Se temos apenas uma funda, como David, para derrubar o Golias, cabe arremessar pedras no enorme telhado de vidro do PT, estilhaçá-lo para demonstrar que estamos vivos e dispostos a não permitir um Brasil de discursos, um Brasil de papel, enquanto o Brasil real naufraga na desordem econômica, no aparelhamento das instituições, no silencioso (mas já não tanto...) gramcismo, na subversão cultural, no caos social, no analfabetismo, na doença, no alarmante número de homicídios.
Um Brasil destinado a cada vez mais a apequenar-se diante do mundo.
Criticar a oposição sim! Aquela oposição mansa, que não vai a tribuna, que não debate temas relevantes para o país, trazendo-os a público, promovendo suas posições em sites e blogs, invadindo as redes sociais, transformando-as em tribunas livres, em canais de manifestação política.
Que os partidos oposicionistas ocupem a TV e promovam a política e a verdade do que acontece na casa democrática, chamada Congresso.
Passou a hora das conveniências, de perguntar ao adversário: com licença, posso levá-lo a nocaute? A hora é de perder a educação e colocar os cotovelos na mesa...
m.americo
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