No Vitoria Park, 14 de junho de 2014, lembrando a repressão sangrenta comunista da Praça da Paz Celestial |
Dezenas de milhares de pessoas se congregaram em Hong Kong para lembrar a sanguinária repressão da Primavera de Pequim há 25 anos, noticiou a revista “Le Point” de Paris.
“Justiça para o dia 4 de junho!” cantou a multidão numa vigília de velas acessas, agitando faixas, enquanto eram lidos os nomes dos mortos na Praça da Paz Celestial, ou Tiananmen, esmagados brutalmente pelo Exército Vermelho.
Tiananmen significou uma tentativa de reproduzir em território chinês, o movimento liberalizante que derrubou a URSS. Mas o comunismo se impôs com a força dos tanques e das metralhadoras.
“Esse acontecimento (Tiananmen) deve ser instilado no coração de todos e cada um, nós não podemos deixar que o tempo dilua a sua lembrança”, comentou Anna Lau, estudante de 19 anos, que não tinha nascido no tempo da revolta que abalou o comunismo chinês.
A presença da juventude reforçou a ideia de que o movimento anticomunista tem muito futuro pela frente.
“A cólera e as lágrimas pelo massacre ainda estão muito vivas” em nossa memória, declarou Lee Cheuk-yan, presidente da Aliança de Apoio aos Movimentos Democráticos da China.
Entre os presentes havia muita gente vinda da China continental.
“Eu vim aqui porque na China nós não temos nenhum direito nem nenhuma liberdade”, explicou Huang Waicheng, engenheiro de 35 anos que mora na vizinha Shenzhen.
Outras centenas de pessoas manifestaram no mesmo dia pela mesma causa em Taipei, capital de Taiwan. Pequim acha que a ilha de Taiwan lhe pertence.
Hong Kong, antiga colônia inglesa, é o único local chinês onde se pode relembrar Tiananmen.
No resto do país, o Partido Comunista Chinês (PCC) instaurou o silêncio de Estado sobre a revolta de jovens esmagada pelo exército.
Desta vez Pequim reagiu contra as manifestações num documento com ameaças, exigiu da Grã-Bretanha a entrega sem “poderes residuais” da rica Hong Kong, e reclamou o direito de passar por cima do “alto grau de autonomia” que a cidade tem, informou “The Telegraph” de Londres.
Os líderes de Hong Kong quereriam a instalação do sufrágio universal em 2017, liberdade que Pequim não tolera.
Entre os presentes havia muita gente vinda da China continental.
“Eu vim aqui porque na China nós não temos nenhum direito nem nenhuma liberdade”, explicou Huang Waicheng, engenheiro de 35 anos que mora na vizinha Shenzhen.
Outras centenas de pessoas manifestaram no mesmo dia pela mesma causa em Taipei, capital de Taiwan. Pequim acha que a ilha de Taiwan lhe pertence.
Hong Kong, antiga colônia inglesa, é o único local chinês onde se pode relembrar Tiananmen.
No resto do país, o Partido Comunista Chinês (PCC) instaurou o silêncio de Estado sobre a revolta de jovens esmagada pelo exército.
Desta vez Pequim reagiu contra as manifestações num documento com ameaças, exigiu da Grã-Bretanha a entrega sem “poderes residuais” da rica Hong Kong, e reclamou o direito de passar por cima do “alto grau de autonomia” que a cidade tem, informou “The Telegraph” de Londres.
Os líderes de Hong Kong quereriam a instalação do sufrágio universal em 2017, liberdade que Pequim não tolera.
Michael DeGolyer, diretor do Hong Kong Transition Project, denunciou o documento como não somente uma forma de intimidação ao povo da cidade, mas como uma tentativa de extinguir as bases da autonomia local, inclusive com o uso das forças armadas.
O mal-estar cresceu muito porque a mídia de Hong Kong assumiu uma atitude subserviente em relação ao comunismo de Pequim.
“A maioria dos nossos jornais e TV agora são pró-China. Eles são manipulados por empresários pró-China”, disse Andrew Shum, da Frente pelos Direitos Humanos de Hong Kong, que participou da organização dos protestos.
CY Leung, representante oficial de Pequim em Hong Kong, negou a existência do inquietante documento.
Muitos residentes da cidade temem que nos próximos meses e anos haverá “crescentes intervenções de Pequim” e a “erosão de valores essenciais e do estilo de vida que desejamos”, explicou Joseph Cheng, professor de Ciências Políticas na Universidade da Cidade de Hong Kong.
O mal-estar cresceu muito porque a mídia de Hong Kong assumiu uma atitude subserviente em relação ao comunismo de Pequim.
“A maioria dos nossos jornais e TV agora são pró-China. Eles são manipulados por empresários pró-China”, disse Andrew Shum, da Frente pelos Direitos Humanos de Hong Kong, que participou da organização dos protestos.
CY Leung, representante oficial de Pequim em Hong Kong, negou a existência do inquietante documento.
Muitos residentes da cidade temem que nos próximos meses e anos haverá “crescentes intervenções de Pequim” e a “erosão de valores essenciais e do estilo de vida que desejamos”, explicou Joseph Cheng, professor de Ciências Políticas na Universidade da Cidade de Hong Kong.
02 de julho de 2014
in pesadelo chinês
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