Quase um século atrás (28 de julho de 1914) começava a Primeira Guerra Mundial, evento maior do século XX e que definiria praticamente tudo que ocorreria do ponto de vista político dali por diante. Guerra atípica, caracterizou-se inicialmente por um clima de euforia. Quase de festa em que as pessoas chegavam a comemorar com bandeirinhas nas ruas a entrada de seus países no conflito. Era uma espécie de Copa do Mundo: era bonito ter sido “classificado” para entrar em guerra. Não se sabia o que vinha pela frente...não se sabia do efeito das novas armas sobre os soldados, de toda tragédia das trincheiras, do horror do gás e da legião de mutilados pelas metralhadoras.
Inicia o ano de 2014 e o Brasil entra nele num clima de festa: vai ter futebol, eleições. A economia segundo o governo vai “como nunca antes na história desse país..” Escrevo como se fosse uma época semelhante àquela que antecedeu o agosto da Grande Guerra: um tempo de “paz”, de “Bolsa Felicidade” em que falar em guerra merecia deboche, um conflito mundial não passava de uma “Grande Ilusão.” Podia-se sentir, na Europa de 1914, a calmaria que precede uma gigantesca tempestade.
Já não se pode mais, em nenhum grande meio de comunicação, saber a verdade sobre o que está acontecendo no Brasil.
Não se escuta uma palavra do presidente Lula e Joaquim Barbosa ainda é uma incógnita para todo mundo no sentido de sabermos se vai ou não concorrer à Presidência da República. O Exército está completamente calado. Acuado e humilhado como jamais foi e, ainda assim, mudo. A Rede Globo e as demais grandes emissoras não dão uma palavra sobre o recente livro do ex-delegado Romeu Tuma Júnior que traz denúncias gravíssimas sobre o Partido-Religião e sobre Lula. Tudo na mais perfeita ordem... Tudo na mais santa paz.
Meus amigos, sabemos muito bem que decide-se nessas próximas semanas e meses o futuro da eleição no Brasil. O PT fez, e ainda está fazendo, muita gente grande perder dinheiro. Essas pessoas tem influência, e muita, na próxima eleição. Ao mesmo tempo, sabemos que o PT cobra na justiça uma dívida bilionária da Rede Globo pois precisa urgente garantir que a economia não desmorone de vez: o FMI apresentou recente previsão de crescimento de 2,5% ao invés de 3,4 como anteriormente divulgado. A inflação, segundo algumas previsões, deve chegar a 6% ao ano.
Tudo é incógnita. Tudo é incerteza num clima que lembra o de 1914 quando as partes que haveriam de se enfrentar mediam forças no campo diplomático não fosse o fato, sempre a ser lembrado, que o PT não tem oposição. Que não há inimigo interno algum a ser enfrentado, mas sim a uma oligarquia financeira internacional que deve agora estar sentindo no bolso o preço de envolver-se com esse governo brasileiro corrupto. Sobre as eleições digo o seguinte: elas hão de ser decididas por gente de fora do Brasil no sentido de prestar ou não apoio ao plano petista de manter Dilma ou trazer Lula de volta ao poder.
Afirmo que o “porta-voz” dessa gente no Brasil chama-se Rede Globo e que contam ainda com a possibilidade de emitir uma “ordem” para que Joaquim Barbosa entre em campo para disputa obrigando de vez o Partido-Religião a levar o país ao caos como fez em junho de 2013 (na minha opinião um ensaio geral) para depois apresentar-se como salvador da pátria...
Quem permitiu, fora do Brasil, que o Partido-Religião chegasse ao poder aqui dentro e ele mesmo, Partido-Religião, agora se observam calados...medem-se como adversários mortais percebendo que qualquer erro há de ser fatal no futuro, que não é perdoável enganar-se agora e que toda atenção é pouca para que não seja perdido nenhum detalhe.
Pela primeira vez há que se repetir à exaustão o bordão dessa organização corrupta, tão obcecada por estar em paz com o poder como o próprio PT – A Rede Globo de Televisão. É nela que devemos “ficar de olho” para saber se o Partido-Religião ainda está ou não “de bem” com o capital internacional e com aqueles que podem garantir sua permanência em 2015.
Sem jamais ter merecido crédito algum, sem ter pensado em qualquer outra coisa que não fosse em si mesma. Sem ter respeitado instituições, sem ter sido republicana e muito menos afeita à democracia, a Rede Globo continua, ainda hoje, sendo o fiel da balança...A Globo, queiram ou não, é quem sabe se a Grande Guerra virá ..Ela é o “Termômetro do Brasil”.
02 de janeiro de 2014
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