A Copa do Mundo está aí. Os Estádios, superfaturados, bancados, em desumana porcentagem, com recursos públicos - apesar da previsão inicial, que assegurava o engajamento majoritário da iniciativa privada - já receberam, alguns, o apelido de elefantes brancos, erguidos que foram em centros, escolhidos de maneira populista, onde o futebol desperta pouquíssimo interesse
E o legado que se vislumbrava na época do anúncio, nos idos de 2007, com Lula já engalfinhado no mensalão?
Salto de qualidade na mobilidade urbana? Ilusão, na medida em que nossas metrópoles, hipertensas, já não conseguem um nível mínimo de operacionalização, fruto de política inconsequente parida pela equipe econômica, que promoveu desonerações e esquemas de crédito irresponsáveis, visando a socorrer a indústria automobilística, ao invés de estimular investimentos em transporte público de qualidade.
Afluência maciça de estrangeiros, o que faria decolar nossa indústria de turismo? Pouco provável, pois a ameaça de manifestações, normalmente justas, mas que descambam para o vandalismo, já correu mundo e deixa os cardeais da FIFA à beira de um ataque de nervos.
E os aeroportos? Alvos de apressadas concessões, eufemismo petista para privatizações, certamente não poderão apresentar, em tempo hábil, condições razoáveis de funcionamento. Enfim, pode-se prognosticar um quadro de improvisos e "jeitinhos" que colocarão em cheque o prestígio internacional do País.
Tomara que essas projeções sejam infundadas e ridicularizadas após o evento, com o Brasil campeão.
02 de janeiro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra, reformado.
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