"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

BRASIL CAMPEÁO



 
A Copa do Mundo está aí. Os Estádios, superfaturados, bancados, em desumana porcentagem, com recursos públicos - apesar da previsão inicial, que assegurava o engajamento majoritário da iniciativa privada - já receberam, alguns, o apelido de elefantes brancos, erguidos que foram em centros, escolhidos de maneira populista, onde o futebol desperta pouquíssimo interesse

E o legado que se vislumbrava na época do anúncio, nos idos de 2007, com Lula já engalfinhado no mensalão?

Salto de qualidade na mobilidade urbana? Ilusão, na medida em que nossas metrópoles, hipertensas, já não conseguem um nível mínimo de operacionalização, fruto de política inconsequente parida pela equipe econômica, que promoveu desonerações e esquemas de crédito irresponsáveis, visando a socorrer a indústria automobilística, ao invés de estimular investimentos em transporte público de qualidade.

Afluência maciça de estrangeiros, o que faria decolar nossa indústria de turismo? Pouco provável, pois a ameaça de manifestações, normalmente justas, mas que descambam para o vandalismo, já correu mundo e deixa os cardeais da FIFA à beira de um ataque de nervos.

E os aeroportos? Alvos de apressadas concessões, eufemismo petista para privatizações, certamente não poderão apresentar, em tempo hábil, condições razoáveis de funcionamento. Enfim, pode-se prognosticar um quadro de improvisos e "jeitinhos" que colocarão em cheque o prestígio internacional do País.

Tomara que essas projeções sejam infundadas e ridicularizadas após o evento, com o Brasil campeão.
 
02 de janeiro de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra, reformado.

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