Venda de ativos impede que valor da estatal caia mais que 27% em 2013.
Graça Foster e Dilma Rousseff: duas empulhações como gestoras.
O primeiro prejuízo registrado em treze anos pela Petrobras, no segundo trimestre de 2012, foi bem aceito pelo mercado, que viu os números como um reflexo mais próximo da realidade da estatal. Mas, um ano depois, o olhar dos investidores passou a ser novamente de desconfiança. No segundo trimestre de 2013, o resultado foi salvo por uma estratégia de "hedge cambial" (proteção contra a variação cambial) e venda de ativos na África.
No terceiro trimestre, sem conseguir fechar a venda de mais ativos para reduzir o mau desempenho (queda de 39% do lucro), uma nova fórmula automática para equiparar o preços dos combustíveis com o mercado internacional foi prometida, o que evitou a queda das ações. Adiada por várias vezes e depois anunciada como não sendo mais automática, a fórmula não teve seus parâmetros divulgados e caiu em descrédito. Em apenas uma dia, o valor de mercado da estatal caiu R$ 24 bilhões.
Desde que Graça Foster assumiu a companhia, em fevereiro de 2012, o valor das ações da Petrobras caiu 27%. Segundo analistas, o quarto trimestre deve ter sido ser "salvo" pela venda de US$ 2,6 bilhões em ativos no Peru.
Por outro lado, será nesse trimestre que a empresa vai contabilizar o cheque de R$ 6,5 bilhões pela compra de 40% do campo de Libra, no primeiro leilão do pré-sal, além das compras que fez na 12ª rodada de licitações de blocos da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e o expressivo aumento de importações de diesel e gasolina.
(Folha de São Paulo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário