"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PREÇO DA CESTA BÁSICA SOBE MAIS QUE A INFLAÇÃO EM 16 DAS 18 CAPITAIS



No Rio de Janeiro, preço chega a R$ 315,52, um avanço de 11,95%. Foi a quarta maior alta no país
 

No ano passado, o valor da cesta básica aumentou nas 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em nove cidades, a alta ficou acima de 10%: Salvador (16,74%), Natal (14,07%) e Campo Grande (12,38%) estão entre os maiores avanços. O Rio de Janeiro ficou na quarta posição, com alta de 11,95%.
 
Ao todo, em 16 das 18 cidades pesquisadas, a alta nos preços foi acima da inflação em 2013. De acordo com o IBGE, O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), último dado disponível, acumula variação de 5,85% no ano. Pelo Dieese, na lista estão ainda Porto Alegre (11,83%), Curitiba (11,06%), Vitória (10,48%), Recife (10,34%), Florianópolis (10,09%), Belém (9,12%), João Pessoa (8,81%), Fortaleza (8,18%), Belo Horizonte (7,35%), São Paulo (7,33%), Aracaju (6,23%) e Manaus ( 6,01%). Ficaram abaixo do acumulado do IPCA-15 no ano as cidades de Brasília (4,99%) e Goiânia (4,37%).
 
No Rio, o valor da cesta básica, diz o Diesse, é de R$ 315,52. É o quinto maior preço do país. O Rio está atrás de Porto Alegre (R$ 329,18) São Paulo (R$ 327,24), Vitória (R$ 321,39) e Florianópolis (R$ 319,33).
 
Segundo o Dieese, os vilões da cesta básica foram itens como leite, farinha de trigo, banana, pão francês e batata, que aumentaram em todas as regiões pesquisadas. O Diesse destacou ainda o tomate, que acumulou altas de até 34,43% em Natal, 33,61% em Vitória, 28,87% em Aracaju, 21,09% em Porto Alegre e 20,57% no Rio de Janeiro.
 
O preço do leite in natura aumentou em todas as cidades. Além do avanço de 6,18% em Manaus, as altas foram superiores a 13% em todas as cidades. Destaque para Belém, onde o preço avançou 28,24%.
 
Batata e carne bovina têm alta no Rio

O pão francês subiu na esteira do aumento da farinha de trigo. As variações oscilaram entre 2,13% em Aracaju e 24,17% em Campo Grande.
 
O preço da batata subiu nas dez localidades do Centro-Sul onde é pesquisada. Destaque para o Rio, onde o preço subiu 4,41%. Foi no Rio que a carne bovina também subiu com força: 10,37%. Neste caso, o produto subiu em 17 cidades. A única a ter queda no preço foi Brasília.
 
O feijão teve comportamento diferente pelo país: o preço subiu em oito cidades e caiu nas outras dez. Já o arroz teve redução no valor em 15 capitais.
 
O Dieese, no entanto, frisou que, para o consumidor conseguir comprar todos os itens da cesta básica, o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.765,44, em dezembro. O valor é 4,08 vezes maior quer o mínimo em vigor no mês passado, de R$ 678. Em dezembro de 2012, a renda mínima era de R$ 2.561,47 — 4,12 vezes o salário mínimo da ocasião, de R$ 622,00.
 
E mais: para comprar todos os alimentos, o trabalhador deveria ter uma jornada de trabalho de 94 horas e 47 minutos em dezembro. No mesmo mês de 2012, eram necessárias 94 horas e 23 minutos.

09 de janeiro de 2014
Bruno Rosa- O Globo

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