A denúncia de uma universidade boliviana originou a investigação da PF (Polícia Federal) sobre o esquema de uso de documentos falsos para revalidação, na UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), de diplomas de medicina obtidos no exterior.
O diretor da faculdade de medicina da UFMT, Antônio José de Amorim, contou que a partir da análise de informações disponíveis no site da universidade, o reitor de uma faculdade da Bolívia teria procurado o consulado do Brasil em Cochabamba para informar que pessoas que diziam ter concluído os estudos na instituição, na verdade, não estudaram lá.
A UFMT disponibiliza em seu site o nome, faculdade e ano de conclusão de curso de todos os candidatos inscritos no programa de revalidação. No Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira), aplicado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), apenas o CPF do candidato é publicado na internet.
Segundo Amorim, a UFMT ficou sabendo da denúncia por um e-mail enviado por uma funcionária do Itamaraty para a reitora da universidade. Como não era uma denúncia formal, a instituição mandou correspondência para todas as escolas da Bolívia com candidatos inscritos no programa de revalidação e as faculdades respondiam quais candidatos realmente tinham estudado no local indicado.
"Fizemos denúncia na Polícia Federal, no Ministério Público Federal, no Ministério da Educação e no Ministério de Relações Exteriores", conta o diretor da faculdade de medicina da UFMT. De acordo com ele, mais de 50% dos candidatos que se inscrevem para revalidação de diploma na instituição são formados na Bolívia.
Amorim disse ainda que eles cruzaram os números de CPF dos candidatos investigados com os candidatos inscritos no Revalida e encontraram pessoas cadastradas também para fazer o exame nacional, aplicado pelo Inep.
Mais cedo, o MEC informou, em nota, que a operação não tem qualquer relação com o Revalida, pois a UFMT não faz parte das instituições federais que utilizam o exame nacional. Além do Revalida, as universidades federais têm autonomia para revalidar diplomas, conforme prevê a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
No último exame de revalidação aplicado pela UFMT, foram 850 inscritos e apenas seis aprovados ao final do processo.
18 de outubro de 2013
Suellen Smosinski - UOL
O diretor da faculdade de medicina da UFMT, Antônio José de Amorim, contou que a partir da análise de informações disponíveis no site da universidade, o reitor de uma faculdade da Bolívia teria procurado o consulado do Brasil em Cochabamba para informar que pessoas que diziam ter concluído os estudos na instituição, na verdade, não estudaram lá.
A UFMT disponibiliza em seu site o nome, faculdade e ano de conclusão de curso de todos os candidatos inscritos no programa de revalidação. No Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira), aplicado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), apenas o CPF do candidato é publicado na internet.
Segundo Amorim, a UFMT ficou sabendo da denúncia por um e-mail enviado por uma funcionária do Itamaraty para a reitora da universidade. Como não era uma denúncia formal, a instituição mandou correspondência para todas as escolas da Bolívia com candidatos inscritos no programa de revalidação e as faculdades respondiam quais candidatos realmente tinham estudado no local indicado.
"Fizemos denúncia na Polícia Federal, no Ministério Público Federal, no Ministério da Educação e no Ministério de Relações Exteriores", conta o diretor da faculdade de medicina da UFMT. De acordo com ele, mais de 50% dos candidatos que se inscrevem para revalidação de diploma na instituição são formados na Bolívia.
Amorim disse ainda que eles cruzaram os números de CPF dos candidatos investigados com os candidatos inscritos no Revalida e encontraram pessoas cadastradas também para fazer o exame nacional, aplicado pelo Inep.
Mais cedo, o MEC informou, em nota, que a operação não tem qualquer relação com o Revalida, pois a UFMT não faz parte das instituições federais que utilizam o exame nacional. Além do Revalida, as universidades federais têm autonomia para revalidar diplomas, conforme prevê a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação).
Baixa aprovação
De acordo com Amorim, nenhum dos 41 candidatos investigados conseguiu ser aprovado na primeira fase do exame. Entre 750 inscritos, apenas 21 passaram para a próxima fase.No último exame de revalidação aplicado pela UFMT, foram 850 inscritos e apenas seis aprovados ao final do processo.
18 de outubro de 2013
Suellen Smosinski - UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário