"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

ALIANÇAS ABSURDAS NA POLÍTICA


Almério Nunes pergunta: “Prado Kelly foi ministro de Getúlio Vargas? E como se faziam as alianças?”. Almério, Prado Kelly foi ministro da Justiça de Café Filho, depois da morte de Vargas.
Mas este, eleito diretamente pela primeira vez em 1950, teve dois udenistas como ministros.
Clemente Mariani, presidente do Banco do Brasil e a seguir ministro da Educação. E João Cleofas, ministro da Agricultura.

O mesmo Mariani foi ministro da Fazenda de Jânio, sua geografia financeira garantida para o resto da vida.

As alianças não eram absurdas, os governos, sim. Na Primeira República (“República Velha”) só existia um partido, o Republicano. Os ministros saíam dessa legenda, até 1930.
Depois, vieram 36 anos de ditadura (15 da primeira, 21 da segunda), não existindo mérito ou competência, e sim subserviência.

De 1985 até hoje, com 39 ministérios e 30 partidos (agora são 32, devia ser 33, não fosse a falta de caráter e convicções do TSE), todos os males dessa República, que não é a dos nossos sonhos, têm como origem a baixaria das escolhas e dos candidatos.
 
JÁ ESTÃO LEGISLANDO CONTRA MARINA, AGORA
 
Ontem, o Senado aprovou a decisão escatológica, que palavra, contra um partido que ainda não nasceu, a Rede da Sustentabilidade. Uma vergonha, um vexame e uma inutilidade. Decidiram que o partido que surgir a partir de agora, receberá parlamentares, mas não poderá levar “horário gratuito” de televisão, nem dinheiro do contribuinte.
 
Lógico, quem tem cacife e cacique para fundar um partido é Dona Marina. No dia em que se filiou ao PSB, afirmou publicamente: “Não pertenço à Rede do PSB, continuo na Rede da Sustentabilidade”. Portanto, recado de que a Rede será criada e exposta ao sol, e não ao sereno.
 
E ontem, confirmou tudo o que escrevi horas depois dela se filiar ao PSB: “Dona Marina descartou qualquer possibilidade de ser vice, será cabeça de chapa”.
 
E ainda dei uma chance ao governador de Pernambuco: “Agora, as expectativas serão realizadas pelas pesquisas. Se ele ultrapassar Dona Marina, lógico, será o candidato do PSB. Se ficar longe dela, como está, nem seus maiores adeptos queimarão bandeiras a favor dele”. Tudo textual.
 
Pois ontem, Dona Marina alertou os mais tolos, fora ou dentro do PSB: “Eu e Eduardo Campos temos possibilidades presidenciais”. Quanta gentileza e generosidade por parte de uma mulher, que privilegia e exibe, sempre, a dureza e a pureza.

09 de outubro de 2013
 Helio Fernandes

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