"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

COMISSÃO DO SENADO DERRUBA FARRA DE ISENÇÃO DE ISS PARA FIFA

Proposta, apesar de rejeitada pela Educação, Cultura e Esporte, ainda será analisada por outros colegiados do Senado. Governistas dizem que não farão “cavalo de batalha” pela aprovação do texto

José Cruz/Agência Senado
Para relator da proposta, isenção do ISS é inconstitucional
 
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado derrubou nesta terça-feira (20) um projeto do governo que autoriza os municípios que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014, além do Distrito Federal, a conceder isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) à Fifa. Contudo, a proposta, apesar de rejeitada no colegiado, ainda será analisada por outras comissões da Casa antes de ir a plenário.
 
 
A aprovação do parecer do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pela rejeição é um sintoma de que o governo não terá vida fácil se quiser aprovar o projeto. A sensação entre integrantes da base é que o Palácio do Planalto já cedeu demais para a Fifa organizar a Copa do Mundo no país. Governistas avaliam que, se municípios e estados concederem isenção do ISS, praticamente não terão arrecadação com o evento.
 
“Não vamos fazer um cavalo de batalha sobre isso. Os senadores da base não se sentem obrigados a lutar pela aprovação deste projeto”, afirmou um senador da base governista. Para o parlamentar, o maior sinal que o governo terá problemas para aprovar o texto, é que a rejeição ocorreu em uma comissão onde a maioria é composta por aliados do Palácio do Planalto, apesar de presidida pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO).
 
“Os municípios não podem reduzir a alíquota do ISS para valores inferiores a 2%, tampouco conceder isenção para esse imposto, sob pena de inconstitucionalidade”, disse o relator, Álvaro Dias (PSDB-PR). “Nós já ficamos de cócoras demais em função da FIFA”, disparou o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), também contrário à proposta.
 
Além disso, Álvaro Dias considera que a matéria fere a legislação porque “lei complementar não pode delegar aos municípios a tarefa de definir a forma e as condições como a isenção poderá ser concedida”. “Fixar formas e condições para concessão de benefício não se confunde com autorizar a isenção para um caso específico. O presente projeto de lei não trata de normas gerais que definam a forma, tampouco quais as condições para concessão do benefício pelos municípios”, explica o tucano paranaense.

21 de agosto de 2013
Rodolfo Torres e Mario Coelho - Congresso em Foco

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