Ao ver ontem na TV o início da operação “Lixo Zero” da prefeitura do Rio - muito bem vinda, por sinal -, onde uma guimba de cigarro jogada ao chão custa R$ 157,00 de multa, pensei logo com meus botões: e no pessoal do Black Bloc, não vai nada?
Esses 200 baderneiros profissionais sustentados pelo PT para tentar jogar a população contra as manifestações legítimas de junho, que se habituaram a tomar as ruas, pichar monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar bancos, saquear lojas, destruir lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo com ele, será que vão ser multados pelos guardinhas municipais, cuja função precípua é essa mesmo - multar, multar e multar, porque de polícia eles não têm nada?
Como disse Rui Castro hoje na Folha, “já que a lei não permite prendê-los por vandalismo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade, resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua. Não prenderam Al Capone por sonegar impostos?”
Duvido! Se a Polícia Militar - acusada de ser violenta - não faz nada, que dirá esses carinhas da GM.
Cabem também outras perguntas:
Multa de R$ 157,00? Por que não 150 ou 160? Eu nunca entendi esses números cabalísticos que os órgãos públicos inventam para as suas taxas.
Como é que nós vamos jogar nosso lixo fora se os baderneiros inutilizam as latas de lixo? Só na rua Pinheiro Machado, a do Palácio Guanabara, 40 foram destruídas.
Não são estranhas essas leis que não permitem que se prenda os vândalos do Black Bloc? Mas será que são as leis mesmo ou são as interpretações erradas das mesmas que viraram jurisprudências?
Ontem me passa um sujeito na rua que puxa um catarro do fundo da alma e dá uma tremenda cusparada bem na minha frente. Tive até que desviar para evitar ficar atolado. Por que não multar esses porcalhões também?
21 de agosto de 2013
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