MÔNICA DIZ QUE ELE CONTAVA A DILMA TUDO SOBRE OPERAÇÃO DA PF
A mulher de João Santana, o marqueteiro de Lula e Dilma, Mônica Moura, revelou em um dos termos de colaboração premiada com o Ministério Público que o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informava Dilma Rousseff “de tudo” relacionado à operação Lava Jato.
Segundo Moura, após ser convocada pela ex-presidente para uma conversa com Dilma no Palácio da Alvorada, Dilma disse: “Precisamos manter contato frequente de uma forma segura para que eu lhe avise sobre o andamento da operação, estou sendo informada de tudo frequentemente pelo José Eduardo Cardozo (ministro da Justiça, pasta responsável pela Polícia Federal)”.
Funcionava assim: Moura combinou com Dilma um “meio seguro” de ser avisada sobre o andamento da Lava Jato, em especial no que referia a ela e o marido João Santana. As duas criaram lá mesmo, na Biblioteca do Palácio da Alvorada, um e-mail do Google (Gmail), com nome e dados fictícios, cuja senha era de conhecimento de Mônica, Dilma e Giles Azevedo, o assessor para toda obra da então presidente.
Combinaram então que se houvesse alguma noticia, com relação ao avanço da operação Lava-Jato, notadamente em respeito ao casal de marqueteiros, Dilma avisaria por e-mail.
A “metodologia” para a comunicação adotada e combinada foi a seguinte: sempre que a Presidente fosse municiada por Cardozo sobre as informações da Lava Jato, Giles encaminharia uma mensagem no celular de Mônica com assuntos completamente irrelevantes e deconexos, “como por exemplo, ‘veja aquele filme’, ou ‘gostei do vinho indicado’, ou qualquer tipo de mensagem de conteúdo fictício. Era apenas um sinal para que Mônica acessasse os rascunhos da conta de e-mail criado, para ler as informações vazadas da Lava Jato. O rascunho não era enviado, evitando assim o monitoramento de comunicação entre dois endereços.
11 de maio de 2017
Tiago de Vasconcelos
diário do poder
CARDOZO VIROU ADVOGADO DE DEFESA DE DILMA, APÓS A QUEDA DO GOVERNO. FOTO: MARRI NOGUEIRA/SENADO |
A mulher de João Santana, o marqueteiro de Lula e Dilma, Mônica Moura, revelou em um dos termos de colaboração premiada com o Ministério Público que o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informava Dilma Rousseff “de tudo” relacionado à operação Lava Jato.
Segundo Moura, após ser convocada pela ex-presidente para uma conversa com Dilma no Palácio da Alvorada, Dilma disse: “Precisamos manter contato frequente de uma forma segura para que eu lhe avise sobre o andamento da operação, estou sendo informada de tudo frequentemente pelo José Eduardo Cardozo (ministro da Justiça, pasta responsável pela Polícia Federal)”.
Funcionava assim: Moura combinou com Dilma um “meio seguro” de ser avisada sobre o andamento da Lava Jato, em especial no que referia a ela e o marido João Santana. As duas criaram lá mesmo, na Biblioteca do Palácio da Alvorada, um e-mail do Google (Gmail), com nome e dados fictícios, cuja senha era de conhecimento de Mônica, Dilma e Giles Azevedo, o assessor para toda obra da então presidente.
Combinaram então que se houvesse alguma noticia, com relação ao avanço da operação Lava-Jato, notadamente em respeito ao casal de marqueteiros, Dilma avisaria por e-mail.
A “metodologia” para a comunicação adotada e combinada foi a seguinte: sempre que a Presidente fosse municiada por Cardozo sobre as informações da Lava Jato, Giles encaminharia uma mensagem no celular de Mônica com assuntos completamente irrelevantes e deconexos, “como por exemplo, ‘veja aquele filme’, ou ‘gostei do vinho indicado’, ou qualquer tipo de mensagem de conteúdo fictício. Era apenas um sinal para que Mônica acessasse os rascunhos da conta de e-mail criado, para ler as informações vazadas da Lava Jato. O rascunho não era enviado, evitando assim o monitoramento de comunicação entre dois endereços.
11 de maio de 2017
Tiago de Vasconcelos
diário do poder
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