"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O QUE PODEM FAZER TRUMP E PUTIN, DEPOIS DE OBAMA MILITARIZAR O LESTE EUROPEU?


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Fotomontagem reproduzida do The Indian Panorama
No dia 6 de janeiro, centenas de tanques, caminhões e outros veículos militares dos EUA foram descarregados no porto alemão de Bremerhaven. O navio de transporte “Resolve” entregou a carga como parte do descolamento do grupo da 3ª Brigada Blindada de Combate, integrante da 4ª Divisão de Infantaria, para a Europa Oriental. No dia 8 de janeiro, chegaram carregados à costa alemã mais dois navios de transporte dos EUA, o “Freedom” e o “Endurance”.
Em Bremerhaven, os veículos militares foram transferidos a vagões e transferidos para seus locais de destino, atravessando Alemanha e Polônia. Segundo as Forças Armadas Unificadas da Alemanha [Bundeswehr], o transporte dessas forças militares exigiu 900 vagões, numa cadeia de 14 km de comprimento total.
O Pentágono não informou sobre o destino de suas tropas em território europeu, mas especula-se que os soldados norte-americanos foram sendo levados primeiro a Romênia, Bulgária e Lituânia.
REAÇÃO À RÚSSIA – Os planos de Washington para instalar uma brigada blindada na Europa Oriental foram divulgados em abril do ano passado. Segundo o comandante do EUCOM (Comando Europeu das Forças Armadas/European Command of the US Armed Forces), general Philip Breedlove, trata-se de uma reação contra as políticas “agressivas” do Kremlin. No papel, o plano dos EUA parece impressionante: devem ser deslocados para o leste da Europa 4.200 soldados, 250 tanques, howitzers e veículos militares, bem como 1.700 outros veículos de transporte.

A decisão de deslocar essa 3ª brigada para a Europa custou muito cara ao Pentágono. A Casa Branca anunciou que o deslocamento planejado de mais armas e equipamentos para a Europa, para 2017, custaria mais de $3,4 bilhões. Esse número é quatro vezes mais alto que o previsto no orçamento de 2016.
EM VÁRIOS PAÍSES – A nova brigada será diferente das duas outras já estacionadas pelo Exército dos EUA na Alemanha e na Itália. Não serão construídos mais alojamentos na Polônia, Romênia, Bulgária ou nos países do Báltico. O pessoal e o equipamento dessa brigada serão trocados a cada nove meses e fracionados em unidades melhores que cobrirão, rotativamente diferentes países. Assim fazendo, Washington insiste que não estaria agredindo a Lei OTAN-Rússia de 1997, pela qual a aliança estaria impedida da instalar “forças de combate substanciais” na Europa Ocidental.
Os planos do Pentágono provocaram forte reação do Kremlin. O representante permanente da Rússia na OTAN, Alexander Grushko, declarou que “estão cada vez mais complicando relações já muito difíceis” entre Rússia e OTAN. O enviado da Rússia caracterizou as intenções dos líderes militares dos EUA como “mais um passo na direção de reforçar a transição da OTAN na direção de esquemas de segurança cada vez mais confrontacionais”.
Esses planos serão modificados quando Donald Trump assumir o poder? Como a Rússia pode responder aos reforços para a OTAN na Europa Oriental?
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Esta matéria, enviada por Sergio Caldieri, é muito importante, porque esse tipo de notícia não tem divulgação na mídia ocidental. A reportagem mostra os bastidores da permanente queda-de-braço (ou braço-de-ferro, como se diz em São Paulo) entre EUA e Rússia na Europa. E isso demonstra que a Guerra Fria não acabou. Pelo contrário, está cada vez mais quente. (C.N.

16 de janeiro de 2017
diário do poder

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