Confira a lista de tradições e festejos que levam Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos
O republicano Donald Trump tomará oficialmente o lugar ocupado por Barack Obama na Casa Branca em 20 de janeiro de 2017, a mesma data de todas as posses presidenciais há 80 anos. O dia em Washington é marcado por protocolos e tradições indispensáveis para chegar à Presidência, como é de praxe em todo o processo eleitoral dos Estados Unidos.
Com shows, desfiles e bailes, a cerimônia deve custar entre 175 e 200 milhões de dólares. Segundo o jornal Washington Post, cerca de 70 milhões são pagos através de doações privadas – o resto, sai do bolso da população. Apesar de se comprometer a seguir o cronograma, Trump pode manter sua tradição particular: quebrar alguns protocolos. O magnata já avisou que quer encurtar alguns passos da cerimônia, para começar a trabalhar no primeiro dia de mandato.
Uma noite como hóspede
Desde Jimmy Carter, em 1977, o presidente eleito dos Estados Unidos passa ao menos uma noite às vésperas da posse na Blair House, conhecida como a “casa de hóspedes presidencial”. Assessores de Trump negam boatos de que o magnata dormiria em seu novo hotel em Washington, portanto, ele deve aceitar a estadia na residência, que fica do outro lado da rua da Casa Branca.
Os Obama recebem a família Trump para um café da manhã
Assim como fez George W. Bush em 2008, o casal Obama deve receber Trump e a família logo cedo para um café e uma breve conversa na Casa Branca. O que não se sabe é se o magnata estará acompanhado apenas da esposa, Melania, ou se levará todos os seus filhos, genros e netos para os eventos do dia.
A passagem da mala preta (a do botão vermelho)
Na manhã da posse, em uma reunião discreta na Casa Branca, Trump receberá informações confidenciais do país, além de conhecer seu adido militar — um oficial do Exército responsável em lhe assessorar. Neste momento acontece a entrega de uma maleta preta, que contém documentos e instruções para ativar armas nucleares pelo mundo, e de um cartão com códigos de ativação que o presidente deve levar em seu corpo. O militar é responsável por carregar a maleta, presa a seu pulso, sempre a poucos metros do presidente.
O momento de agradecer a Deus
No primeiro evento público no dia, Trump e sua família devem comparecer à missa na igreja episcopal St. John's, conhecida como “a igreja dos presidentes”. Desde Franklin D. Roosevelt, é tradição que os líderes americanos frequentem o local.
Uma carona na ‘Besta’
Assim como Bush e Obama fizeram, o presidente democrata deve ir com seu sucessor no mesmo carro da Casa Branca até o Capitólio, onde acontece o procedimento oficial de posse. O veículo presidencial ultrasseguro, conhecido como “A Besta”, levará a dupla. Já que, naquele momento, Trump ainda não é presidente, ele deve sentar no lado esquerdo do carro, enquanto Obama ocupará o lado direito.
O juramento de Donald John Trump
Exatamente ao meio-dia, no horário local (15h em Brasília), Trump se tornará o novo líder dos Estados Unidos. A Constituição exige, então, que o presidente faça um juramento para começar seu trabalho, o que acontecerá em uma grande plataforma construída em frente ao Capitólio. Por tradição, os presidentes levantam a mão direita e colocam a esquerda sobre uma ou mais Bíblias. Há exceções na história de líderes que preferiram usar livros de legislação, ou nada. Antes de Trump, o vice Mike Pence também fará um juramento semelhante.
O aguardado discurso de posse
Ainda no Capitólio, Trump fará seu primeiro discurso oficial como presidente, um dos momentos mais importantes do dia. É o espaço que o novo líder tem para ressaltar os pontos importantes que guiarão seu mandato. De acordo com seus assessores, a fala de Trump será rápida e não deve passar o tempo médio de 20 minutos dos discursos de Obama.
O hino (à la reality show)
A cantora Jackie Evancho, de 16 anos, será responsável por cantar o hino nacional americano na cerimônia, papel que foi de Beyoncé no segundo mandato de Obama. A adolescente tirou segundo lugar no reality show America’s Got Talent, em 2010. Outros nomes famosos ainda não foram confirmados e há relatos de artistas como Elton John negando convites.
O tchau de Obama
Após a cerimônia Capitólio, uma cena dramática marca a saída, de vez, do presidente anterior: o líder e a família deixam Washington em um helicóptero. Como Obama continuará morando na cidade até que a filha mais nova, Sasha, termine o Ensino Médio, não se sabe se a tradição que iniciou em 1977 será mantida. É bem provável que sim, pois Obama e Michelle planejam tirar umas férias tão logo deixem a Casa Branca.
Um almoço protocolar
Enquanto a família de Obama segue com a vida longe do poder, a tradição é que Trump se dirija para um almoço promovido pelo Congresso, no Capitólio. O evento conta com discursos de líderes religiosos, (mais) apresentações de músicos e outras formalidades para homenagear o republicano.
O longo e animado desfile
O novo presidente americano fará o caminho entre o Capitólio e a Casa Branca, através da Avenida Pensilvânia, para enfim agradecer ao povo. Atrás de sua família, um desfile com bandas de escola, músicos militares, batalhões policiais, grupos de dança e outras dezenas de atrações. Assim como fez Obama, Trump deve descer do carro e fazer parte do trajeto a pé junto com seus familiares.
Segundo o Comitê de Posse Presidencial, o desfile de Trump deve durar, no máximo, uma hora e meia — menos do que a parada de duas horas de Obama. A intenção do magnata é “começar o trabalho” já no dia da posse, antes dos próximos compromissos.
A leitura da carta
Ao chegar na Casa Branca, na mesa do Salão Oval, Trump receberá a esperada carta de seu antecessor — mais uma tradição da Casa Branca. As cartas de um presidente para o outro costumam ser mensagens pessoais, escritas à mão, com conselhos e desejos de boa sorte.
Os agitos de Washington a noite
Para acabar com o dia cheio, a noite será de festa para Trump e a primeira-dama. Em 2009, Barack e Michelle compareceram a dez bailes e o recorde pertence a Bill e Hillary Clinton, que foram a 14 festas. Aos 70 anos, o presidente mais velho da história dos Estados Unidos parece ter escolhido mais tranquilidade. Trump deve ir a duas celebrações oficiais e uma em homenagem às Forças Armadas, de acordo com seus assessores.
Ilustrações por Baptistão
16 de janeiro de 2017
VEJA
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