Se fosse uma corrida de Fórmula 1, diria que Michel Temer fez uma largada em falso. Seu carro patinou logo na primeira semana em que se tornou presidente definitivo do país. Engasgou na saída e mostrou um governo acuado.
A expectativa era exatamente outra. Temer foi para a China, recebeu apoios importantes lá fora de colegas de outros países e promessas de investimentos. Quando voltou, porém, caiu na realidade. Vaias, gritos de "Fora, Temer" e uma série de obstáculos complicados pela frente.
Um tanto quanto zonzo, o governo Temer, inclusive o próprio presidente, deu para minimizar e menosprezar os protestos. Um erro, admitido logo em seguida por sua equipe, para evitar engrossar o coro dos insatisfeitos com a nova gestão.
O fato é que se havia o "Fora, Dilma", não há o "Fica, Temer". Havia uma mobilização para cassar o mandato da petista. Não existe um movimento de rua pedindo apoio para o mandato do peemedebista.
Michel Temer terá de se afirmar como presidente governando, dando respostas principalmente na economia. Se não passar a expectativa de que dará conta do recado, fazendo o país voltar a crescer, criará um sentimento de frustração, o que resultará em um governo fraco.
Será fatal para um presidente que assume com a missão de reequilibrar as contas públicas, reformar a Previdência e retomar os investimentos para terminar com sucesso.
Enfim, sua equipe sabe que perdeu tempo. Deixou, na semana da queda de Dilma, crescer o discurso de que Michel Temer faz parte de um governo golpista e que a petista foi vítima de uma injustiça. Toda destruição da economia, perpetrada por ela, deixou de ser explorada.
No final de semana, Temer e equipe avaliavam os estragos causados pela largada em falso. Um pouco ruins, mas nada que não possa ser corrigido. Dá para recuperar fácil as posições perdidas, mas ficou a sensação de que dormiram no volante.
13 de setembro de 2016
Valdo Cruz, Folha de SP
A expectativa era exatamente outra. Temer foi para a China, recebeu apoios importantes lá fora de colegas de outros países e promessas de investimentos. Quando voltou, porém, caiu na realidade. Vaias, gritos de "Fora, Temer" e uma série de obstáculos complicados pela frente.
Um tanto quanto zonzo, o governo Temer, inclusive o próprio presidente, deu para minimizar e menosprezar os protestos. Um erro, admitido logo em seguida por sua equipe, para evitar engrossar o coro dos insatisfeitos com a nova gestão.
O fato é que se havia o "Fora, Dilma", não há o "Fica, Temer". Havia uma mobilização para cassar o mandato da petista. Não existe um movimento de rua pedindo apoio para o mandato do peemedebista.
Michel Temer terá de se afirmar como presidente governando, dando respostas principalmente na economia. Se não passar a expectativa de que dará conta do recado, fazendo o país voltar a crescer, criará um sentimento de frustração, o que resultará em um governo fraco.
Será fatal para um presidente que assume com a missão de reequilibrar as contas públicas, reformar a Previdência e retomar os investimentos para terminar com sucesso.
Enfim, sua equipe sabe que perdeu tempo. Deixou, na semana da queda de Dilma, crescer o discurso de que Michel Temer faz parte de um governo golpista e que a petista foi vítima de uma injustiça. Toda destruição da economia, perpetrada por ela, deixou de ser explorada.
No final de semana, Temer e equipe avaliavam os estragos causados pela largada em falso. Um pouco ruins, mas nada que não possa ser corrigido. Dá para recuperar fácil as posições perdidas, mas ficou a sensação de que dormiram no volante.
13 de setembro de 2016
Valdo Cruz, Folha de SP
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