"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 21 de agosto de 2016

PSDB IMITA OS TRAPALHÕES NA CORRIDA PELA SUCESSÃO DE 2018


Charge do Cazo (carlosaraujoilustrador.blogspot.com)




















Continua o PSDB disputando o troféu um dia patrocinado por Dedé, Didi, Muçum e Zacarias, de saudosa memória. Depois de quatro horas de conversa com o presidente Michel Temer, os dirigentes tucanos resumiram suas reivindicações: esvaziar a bola do  ministro Henrique Meirelles para que ele não se torne candidato do PMDB à presidência da República.
São realmente uns trapalhões. Em vez de decidir quem será seu candidato, e começar a prepará-lo, o PSDB tenta enfraquecer possíveis concorrentes. Insurge-se contra o ministro da Fazenda dentro do raciocínio de que, se a economia for recuperada, ele será candidato natural.  Preferem seus caciques, então, o fracasso da política econômica, tanto que reivindicaram participar dela. Pressionaram Michel Temer não só para dar-lhes um lugar na mesa das decisões, mas também para perturbar Meirelles. Não chegarão a lugar algum na corrida sucessória, se em vez de selecionar seu candidato, ficarem tentando eliminar adversários.
Começa que o ministro da Fazenda nem pertence ao PMDB. Já foi do PSDB, quando se elegeu deputado federal, mas preferiu cair fora para presidir o Banco Central. Enfrenta olímpico desafio, agora, ao chefiar a política econômica. Caso tenha sucesso, lançar-se candidato será para bem mais tarde.
Os tucanos deveriam escolher seu preferido entre Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra, sem se preocupar em queimar Meirelles. Caso contrário, ficarão voando sem rumo.

21 de agosto de 2016
Carlos Chagas

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