O Ministério Público Federal no DF concluiu que não houve justificativa para que o BNDES emprestasse 102 milhões de reais para o Grupo São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai, em 2012, com a intermediação do Banco do Brasil e do BTG Pactual. O empresário é amigo do ex-presidente Lula e foi preso na Operação Lava-Jato. O empréstimo foi feito de forma indireta, por intermédio dos BTG Pactual e do Banco do Brasil. A conclusão de que a operação não tem sustentação técnica faz parte de um despacho assinado em março desse ano pela procuradora da República Sara Leite, anexado a uma investigação sigilosa.
O empréstimo foi concedido ao grupo da família Bumlai depois que a falência da Usina São Fernando já tinha sido requerida. A procuradora, após receber as explicações do BNDES, escreveu no despacho: “Não há nos autos justificativa para que tal operação fosse intermediada pelo Banco do Brasil e pelo BTG Pactual”, diz o MPF, “diante da situação crítica em que se encontrava a empresa”.
NORMAS INTERNAS – A investigação foi iniciada a partir de notícias de que o BNDES havia driblado normas internas para conceder o empréstimo ao “amigo de Lula”. O contrato foi assinado em 2012, quando o pedido de falência já tramitava na Justiça. Nesta semana, o juiz Sérgio Moro autorizou compartilhamento das informações de buscas e apreensões da Lava-Jato com a Procuradoria da República no DF. Estas buscas foram feitas em escritórios e residências da família Bumlai. O BNDES informou ao Ministério Público que o banco emprestou um total de 395 milhões de reais às empresas da família Bumlai.
Para autorizar a liberação do crédito, o banco justificou que a São Fernando era uma empresa em fase pré-operacional, não possuindo classificação de risco junto ao BNDES e ainda apresentou como fiadora a Heber Participações, do Grupo Bertin.
O resultado é que a São Fernando encontra-se inadimplente em relação às suas obrigações financeiras junto ao BNDES. O banco ajuizou ação de execução na Justiça Federal do Rio de Janeiro contra a Heber Participações, José Carlos Bumlai e seus filhos Maurício e Guilherme.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A operação não poderia ter sido aprovada por nenhuma das três instituições financeiras, não há possibilidade técnica de empresa com pedido de falência conseguir empréstimo a juros subsidiados por recursos oriundos dos trabalhadores brasileiros, através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que sustenta as operações do BNDES. Portanto, fica demonstrado que Bumlai não é nenhum “trouxa perfeito”, como ele se classifica, mas se trata de um tremendo vigarista, que agora imita o José Genoino e finge que está doente para se livrar da prisão. No caso do empréstimo do BNDES, é óbvio que Lula mandou o então presidente Luciano Coutinho autorizar a operação, não existe outra justificativa. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A operação não poderia ter sido aprovada por nenhuma das três instituições financeiras, não há possibilidade técnica de empresa com pedido de falência conseguir empréstimo a juros subsidiados por recursos oriundos dos trabalhadores brasileiros, através do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), que sustenta as operações do BNDES. Portanto, fica demonstrado que Bumlai não é nenhum “trouxa perfeito”, como ele se classifica, mas se trata de um tremendo vigarista, que agora imita o José Genoino e finge que está doente para se livrar da prisão. No caso do empréstimo do BNDES, é óbvio que Lula mandou o então presidente Luciano Coutinho autorizar a operação, não existe outra justificativa. (C.N.)
21 de agosto de 2016
Hugo Marques
Veja
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