Lamentavelmente a República Federativa do Brasil faliu. Precisamos cerrar as portas, fazer o inventário, para depois fundar uma verdadeira república, onde a coisa pública seja de todos e não de alguns. Nesta república falida em que vivemos, as instituições públicas e privadas não convivem em harmonia, a livre iniciativa não é respeitada e tornou-se banal o enriquecimento ilícito na política e na administração pública. Como cidadão brasileiro, me sinto refém do poder público.
No Brasil, já passou da hora de termos uma política de Tolerância Zero”, não só na segurança, mas sobretudo na administração e na política em geral. Mas lamentavelmente, aqui debaixo do Equador, a tenebrosa realidade é que os governantes e as autoridades primeiro cuidam de si, o resto que se dane.
Ou seja, a coisa pública não é de todos, mas daqueles que se dizem administradores públicos. Portanto, também já passou da hora dessa excrescência acabar e o Brasil encontrar seu próprio rumo.
AS PRIORIDADES – De fato, o grande desafio que hoje deve ser debatido no Brasil é como poderemos evoluir para atingir a estabilidade econômica, a educação pública de qualidade para todos, a assistência médica universal e a justiça social para todos. Estas precisam ser as prioridades.
Um povo a quem lhe são negadas as mais básicas necessidades, ou seja, saúde, educação, segurança, moradia e trabalho, mesmo assim conseguiu fazer jogos Pan-americanos em 2007, Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada em 2016. E se teve condições de promover esses gigantescos eventos internacionais, grandiosos e exuberantes, o que esse povo conseguirá fazer quando tiver atendidas suas necessidades básicas?
Certamente, faltam líderes para alavancarem o potencial do povo brasileiro, pois capacidade nós temos. Apesar de estarmos vivendo uma das piores crises de nossa história, que nos atinge em termos éticos, morais, financeiros, econômicos e sociais, fomos capazes de deslumbrar o mundo com a festa de abertura da Olimpíada e sua custosa realização.
Em meio a tudo isso, quem se habilita a conduzir esse povo para o bem comum? Precisamos desesperadamente de um líder.
21 de agosto de 2016
João Amaury Belem
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