"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 21 de agosto de 2016

LUPI AMEAÇA NOVAMENTE DE EXPULSÃO OS DOIS SENADORES QUE VOTARAM CONTRA DILMA


Carlos Lupi (Foto: Elza Fiúza/ABr)
Carlos Lupi reafirma que os senadores podem ser expulsos
Apesar da irritação pela insistência dos senadores Acir Gurgacz (RO) e Lasier Martins (RS) em votar pela continuidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse à Época que vai aguardar para ver o comportamento dos dois senadores ao fim do processo, quando se decidirá em definitivo sobre o mandato da presidente afastada. Segundo Lupi, a orientação do partido é contrária ao impeachment e a punição possível para quem desobedecer a ela é a expulsão do partido. Lupi afirma que o assunto foi deliberado na convenção partidária e que “eles [Acir e Lasier] estão cientes”.
Procurado, o senador Lasier Martins desafia. À Época, ele afirmou: “Vou manter a coerência sobre meu voto, que está amparado no Artigo 33 da Lei do Impeachment. Ele [artigo] garante aos senadores o voto de consciência, sem as orientações partidárias ou de bancadas”. Já o senador Acir Gurgacz, embora procurado, não se manifestou.
HISTÓRICO – No dia 30 de maio, o PDT suspendeu os processos de expulsão dos senadores Lasier Martins (RS) e Acir Gurgacz (RO). Eles tinham votado a favor da admissibilidade do processo de impeachment no Senado, concorrendo para o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Segundo declarou o presidente da legenda, Carlos Lupi, a suspensão dos processos ocorreu porque votaram somente a favor da admissibilidade do processo, e não, ao menos por enquanto, pela saída definitiva de Dilma.“Vamos aguardar a votação do mérito”, disse Lupi naquela ocasião, acrescentando que Gurgacz se comprometeu a votar contra o impeachment de Dilma na votação decisiva.
Acontece que Gurgacz, líder do partido, e Lasier votaram contra Dilma. E a mais difícil é a situação de Lasier. Ele não só desafiou a posição do partido, como, num pronunciamento no final de abril, na tribuna do Senado, disse que deplorava “os rumos que vem tomando o meu partido sob a presidência de Carlos Lupi, que vem liderando o desvirtuamento do PDT”. E completou: ”Se Carlos Lupi ama Dilma, que case com ela! Mas deixe o PDT em paz.”

21 de agosto de 2016
Nonato Viegas
Época

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