"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

"NÃO SOMOS DA POLÍCIA"- DISSE PRESIDENTE DO PSDB AO EMBOLSAR R$ 10 MILHÕES



Guerra cobrava propinas quando estava na presidência do PSDB 
A força-tarefa da Operação Lava Jato anexou aos autos da Operação Resta Um, 33ª fase da maior ação contra corrupção no País, transcrição dos diálogos da reunião na qual, em 2009, o então presidente do PSDB Sérgio Guerra supostamente cobrou R$ 10 milhões para barrar a CPI da Petrobras. Além de Guerra, participaram do encontro o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o diretor de Abastecimento da Petrobras naquele ano, Paulo Roberto Costa, o operador de propinas Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, um executivo da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, e um empreiteiro da Galvão Engenharia, Erton Medeiros.
Em um primeiro momento da conversa, Sérgio Guerra declarou. “A primeira coisa é o seguinte, essa chamada CPI tem origem em vários movimentos, em várias origens, lá atrás eu conversei com algumas pessoas de vocês e dei um rumo nessa história, pro meu lado, né, como era pra ter todo o combate sem ir atrás das pessoas, primeiro porque nós não somos da polícia; segundo, porque eu não gosto disso; terceiro, porque acho que não construía em nada.”
PAPEL DE POLÍCIA – Em outro trecho da conversa, em 2009, o tucano foi taxativo. “É uma coisa deplorável fazer papel de Polícia, Parlamentar fazendo papel de polícia”, disse Sérgio Guerra, que morreu em março de 2014.
No encontro, segundo a investigação da Lava Jato, os seis discutiram “a necessidade de concluir as investigações da CPI da Petrobras de 2009 preferencialmente com um relatório ‘genérico’ sem a responsabilização das pessoas”. “Nossa gente vai fazer uma discussão genérica, não vamos polemizar as coisas”, afirmou Sérgio Guerra a seus interlocutores, na reunião.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Para não fazer papel de polícia, Sérgio Guerra preferiu fazer o papel de ladrão e desmontou uma importante CPI, exigindo em troca a módica quantia de R$ 10 milhões. Na época, em 2009, Guerra já estava há dois anos na presidência do PSDB. Conforme se constata, o parlamentar usava o prestigiado cargo em benefício de seu enriquecimento ilícito. (C.N.)

03 de agosto de 2016
Deu no Correio Braziliense

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