"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

CUSTO BRASIL: PAULO BERNARDO E MAIS DOZE TORNAM-SE RÉUS EM AÇÃO SOBRE GOLPE CONTRA SERVIDORES



Começa a cair por terra o discurso rocambolesco e embusteiro da senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR), sobre o escândalo de corrupção que tem na mira o seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações).

Acusado de ser o patrono de um esquema de corrupção que funcionou no Ministério do Planejamento, entre 2009 e 2015, e surrupiou mais de R$ 100 milhões de servidores federais, inclusive aposentados, que recorreram a empréstimos consignados, Bernardo, juntamente com mais doze pessoas, tornou-se réu por organização criminosa. 
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o grupo comandado por Paulo Bernardo repassou o dinheiro desviado ao Partido dos Trabalhadores e a agentes públicos e privados.

O esquema desmontado pela Operação Custo Brasil, desdobramento da Operação Pixuleco II (18ª fase da Operação Lava-Jato), rendeu ao ex-ministro indiciamento pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa. 
Outras 21 pessoas que participaram do esquema também foram indiciadas.

Entre 29 de julho e 1º de agosto, o MPF ofereceu três denúncias no âmbito da Custo Brasil. 
Na primeira, que versa sobre o contrato fraudulento entre a empresa Consist e o Ministério do Planejamento, treze pessoas foram denunciadas, entre as quais Paulo Bernardo e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT. Todos foram denunciados por organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da investigação.

A defesa do petista informou, por meio de nota, que “Paulo Bernardo não teve qualquer envolvimento com os fatos na denúncia. 
O acordo de cooperação técnica foi celebrado autonomamente entre a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento e as associações privadas. Não houve qualquer benefício, direto ou indireto, a Paulo Bernardo decorrente desse acordo. Acredito que isso ficará claro ao final do processo”.

Na segunda denúncia, aos colaboradores eventuais e funcionários de Paulo Bernardo foi imputado o crime de lavagem de dinheiro. 
O procurador da República Andrey Borges de Mendonça foi claro na denúncia: “Paulo Bernardo tem ciência de tudo no esquema, ele nomeia as pessoas chaves para os cargos e ele tem ciência de tudo e participa ativamente nos bastidores, ele não aparece formalmente, mas tomava as decisões”.

Na terceira denúncia o foco é o fundador da Consist, denunciado por organização criminosa, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. “O Ministério Público tem a perspectiva que as denúncias sejam recebidas e que até o fim do ano tenhamos as sentenças condenatórias em relação à Operação Custo Brasil”, destacou o procurador Rodrigo de Grandis.

Por maio de nota, a Consist informou que “sempre colaborou e continuará colaborando com a Justiça Federal e com os órgãos de investigação e considerando que o processo corre em segredo de justiça nada tem a declarar”.

Preso no dia 23 de junho, Paulo Bernardo foi colocado em liberdade seis dias depois por decisão do ministro Dias Toffoli (SFT). A defesa do ex-ministro atravessou uma reclamação protocolada no Supremo Tribunal Federal e que tinha como objeto o fato de a operação de busca e apreensão ter se dado no apartamento funcional ocupado por Gleisi Hoffmann, casada com o ex-ministro.

Contudo, a situação de Paulo Bernardo piorou sobremaneira nos últimos dias. Horas antes de tornar-se réu na referida ação, o petista foi surpreendido por pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que requereu ao STF o retorno de Bernardo à prisão. 
Na reclamação enviada à Corte, Janot alegou que o acusado poderá voltar a cometer crimes e que estaria ocultando patrimônio por meio de aplicações em fundos de previdência privada, o que impede o bloqueio do valor em caso de decisão judicial.
04 de agosto de 2016
ucho.info

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