"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

LAVA JATO DENUNCIA EX-TESOUREIRO DO PT E MAIS 14 ENVOLVIDOS NA CORRUPÇÃO



Paulo Ferreira usava as propinas para ganhar votos dos sambistas


















A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou nesta terça-feira (9) mais um ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Ferreira, e outras 14 pessoas sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Desta vez, o tema da denúncia é a obra do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), no Rio de Janeiro –investigada na 31a fase da operação.
A investigação apontou que R$ 20 milhões foram desviados do contrato, celebrado em 2008 e que atingiu R$ 1 bilhão ao todo. Pelo menos R$ 1 milhão teriam sido destinados a Ferreira. Segundo a investigação, os valores foram direcionados a contas de seus familiares, empresas terceiras e até a um blog e uma escola de samba de Porto Alegre, por indicação do ex-tesoureiro.
Também foram denunciados os empresários responsáveis pela obra, das construtoras OAS (Leo Pinheiro, ex-presidente, e Agenor Franklin Medeiros), Construcap (Roberto Capobianco e Erasto Messias da Silva Júnior), Construbase (Genésio Schiavinato Júnior), Schahin (Edison Freire Coutinho e José Antônio Marsílio Schwarz) e Carioca Engenharia (Ricardo Pernambuco Júnior e Ricardo Backheuser Pernambuco).
TUDO COMBINADO – Eles são acusados de acertar o preço da obra e pagar propina a agentes da Petrobras e a membros do PT, que daria sustentação política à diretoria de Serviços (responsável pela obra).
O ex-diretor da estatal Renato Duque também está entre os denunciados – além de quatro operadores do esquema, que fizeram a operação financeira, por meio de contratos de fachada e pagamentos no exterior.
São eles: Adir Assad, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales e o advogado Alexandre Romano. Os últimos três são delatores da Lava Jato e ajudaram a fundamentar a investigação.
GASTOS DE CAMPANHA – Preso preventivamente em São Paulo, o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira afirmou à PF na época que as empresas e pessoas beneficiadas pelos repasses “custearam despesas de sua campanha” a deputado federal, em 2010.
O advogado Alexandre Romano, segundo ele, que fez muitos dos pagamentos apontados na denúncia, atuava como seu “captador de recursos”.
As transferências feitas a uma escola de samba, amigos e familiares, assim, seriam para quitar gastos de campanha.

10 de agosto de 2016
Estelita Hass Carazzai
Folha

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