O Senado votou ontem mais uma etapa do processo de impeachment. Por cinquenta e nove votos contra vinte e um, a ex-presidente se tornou oficialmente ré no processo por crime de responsabilidade, que resultará na sua remoção oficial e em definitivo do cargo de presidente do país, encerrando seu segundo mandato antes mesmo de completar dois anos de exercício do cargo. A votação final deverá ocorrer ainda nesse mês de agosto.
O resultado de ontem no Senado não representa nem traz qualquer novidade, e confirma todas as projeções de cenários que havíamos feito aqui no Crítica Nacionaldesde antes da primeira votação na Câmara dos Deputados, então sob o comando do deputado Eduardo Cunha, como mostramos nesse artigo. Já dizíamos naquele momento que, após tal votação, o impeachment iria deixar de ser um item da agenda política do país e passaria a se constituir tão somente num rito processual, acompanhado de alguns blefes plantados na imprensa pelos próprios petistas sugerindo uma hipotética reversão do processo. Uma reversão que nunca iria ocorrer, como também apontamos nesse outro artigo.
A conquista do impeachment foi sem dúvida uma vitória do povo brasileiro, pois representou o sepultamento de um projeto socialista e criminoso de poder. A relevância dessa vitória não poderia de modo algum ser subestimada, como apontamos nesse outro texto, uma vez que ela representou a derrocada definitiva e a liquidação do petismo como o principal projeto político partidário da esquerda brasileira, como mostramos aqui.
No entanto, a vitória representada pela conquista do impeachment veio acompanhada de um ônus: apesar de ter sido apeado formalmente do poder, o petismo deixou como herança, entre outros, um quadro de delinquência institucional decorrente do aparelhamento das instituições de estado que ele próprio promoveu, e que se traduz no ativismo judiciário ideologicamente orientado, como foi mostrado nesse vídeo aqui. Além disso, após a derrocada do petismo, a esquerda mostrou que já estava preparada para tentar retomar o protagonismo na guerra política, invertendo por exemplo seu discurso a respeito da Lava Jato, enquanto a direita não foi capaz de trazer a sua agenda, que foi delineada nesse outro vídeo, para a cena política nacional.
Queremos insistir mais uma vez que o impeachment, em nosso entender, é pauta política vencida pelas razões que apontamos nos artigos linkados acima. Cabe hoje à direita conservadora superar suas deficiências e limitações em termos organizacionais, e fazer um esforço para trazer para o debate político nacional os temas que de fato irão ditar os rumos da guerra política doravante, e que incluem a defesa do projeto da Escola Sem Partido, o fim das urnas eletrônicas, a pressão no governo de Michel Temer para acentuar a reversão na política externa do país, o combate sem tréguas à tentativa de imposição de ideologia de gênero nas escolas. Cabe também trazer à mesa o debate sobre o direito dos cidadãos de bem possuir armas legalmente, fazer cumprir a lei e efetivamente criminalizar as milícias esquerdistas que se apresentam como movimentos sociais e que promovem ações criminosas que atentam contra a vida e a propriedade, além de extinguir os mecanismos de transferências de recursos públicos para essas milícias, entre outros.
A direita possui uma pauta e uma agenda política que atendem os interesses e aspirações da maioria dos brasileiros. Mas é preciso que a direita compreenda que é necessário romper com os limites que foram naturalmente impostos pela frente política do movimento pró-impeachment, pois essa frente já não tem mais sentido político, compreender que o impeachment é um tema esgotado, requalificar sua participação nas ações políticas de combate à corrupção, e tomar para si a tarefa de se apresentar ao país como alternativa real de poder para daqui dois anos.
A disputa política no país se encontra em novo patamar, e a direita conservadora tem a obrigação de compreender esse dado novo da realidade. Principalmente porque a esquerda, especialmente a esquerda antipetista, já compreendeu esse novo cenário e não sem razão elegeu as lideranças da direita como os inimigos a serem abatidos.
10 de agosto de 2016
critica nacional
O resultado de ontem no Senado não representa nem traz qualquer novidade, e confirma todas as projeções de cenários que havíamos feito aqui no Crítica Nacionaldesde antes da primeira votação na Câmara dos Deputados, então sob o comando do deputado Eduardo Cunha, como mostramos nesse artigo. Já dizíamos naquele momento que, após tal votação, o impeachment iria deixar de ser um item da agenda política do país e passaria a se constituir tão somente num rito processual, acompanhado de alguns blefes plantados na imprensa pelos próprios petistas sugerindo uma hipotética reversão do processo. Uma reversão que nunca iria ocorrer, como também apontamos nesse outro artigo.
A conquista do impeachment foi sem dúvida uma vitória do povo brasileiro, pois representou o sepultamento de um projeto socialista e criminoso de poder. A relevância dessa vitória não poderia de modo algum ser subestimada, como apontamos nesse outro texto, uma vez que ela representou a derrocada definitiva e a liquidação do petismo como o principal projeto político partidário da esquerda brasileira, como mostramos aqui.
No entanto, a vitória representada pela conquista do impeachment veio acompanhada de um ônus: apesar de ter sido apeado formalmente do poder, o petismo deixou como herança, entre outros, um quadro de delinquência institucional decorrente do aparelhamento das instituições de estado que ele próprio promoveu, e que se traduz no ativismo judiciário ideologicamente orientado, como foi mostrado nesse vídeo aqui. Além disso, após a derrocada do petismo, a esquerda mostrou que já estava preparada para tentar retomar o protagonismo na guerra política, invertendo por exemplo seu discurso a respeito da Lava Jato, enquanto a direita não foi capaz de trazer a sua agenda, que foi delineada nesse outro vídeo, para a cena política nacional.
Queremos insistir mais uma vez que o impeachment, em nosso entender, é pauta política vencida pelas razões que apontamos nos artigos linkados acima. Cabe hoje à direita conservadora superar suas deficiências e limitações em termos organizacionais, e fazer um esforço para trazer para o debate político nacional os temas que de fato irão ditar os rumos da guerra política doravante, e que incluem a defesa do projeto da Escola Sem Partido, o fim das urnas eletrônicas, a pressão no governo de Michel Temer para acentuar a reversão na política externa do país, o combate sem tréguas à tentativa de imposição de ideologia de gênero nas escolas. Cabe também trazer à mesa o debate sobre o direito dos cidadãos de bem possuir armas legalmente, fazer cumprir a lei e efetivamente criminalizar as milícias esquerdistas que se apresentam como movimentos sociais e que promovem ações criminosas que atentam contra a vida e a propriedade, além de extinguir os mecanismos de transferências de recursos públicos para essas milícias, entre outros.
A direita possui uma pauta e uma agenda política que atendem os interesses e aspirações da maioria dos brasileiros. Mas é preciso que a direita compreenda que é necessário romper com os limites que foram naturalmente impostos pela frente política do movimento pró-impeachment, pois essa frente já não tem mais sentido político, compreender que o impeachment é um tema esgotado, requalificar sua participação nas ações políticas de combate à corrupção, e tomar para si a tarefa de se apresentar ao país como alternativa real de poder para daqui dois anos.
A disputa política no país se encontra em novo patamar, e a direita conservadora tem a obrigação de compreender esse dado novo da realidade. Principalmente porque a esquerda, especialmente a esquerda antipetista, já compreendeu esse novo cenário e não sem razão elegeu as lideranças da direita como os inimigos a serem abatidos.
10 de agosto de 2016
critica nacional
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