Além disso, os pedidos de condução e buscas envolvendo Mantega se embasaram em suspeitas de que ele teria negociado com lobistas a nomeação de ao menos um conselheiro do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais).
PROPINAS NA FAZENDA
A Zelotes mira em um esquema de pagamento de propina a integrantes do Conselho, vinculado ao Ministério da Fazenda e responsável por julgar recursos de multas aplicadas pela Receita Federal.
A ação desta manhã teve como alvo principal a Cimentos Penha, cujo dono é Vitor Sandri, que foi apresentado a Mantega antes de ele ocupar uma cadeira na Esplanada. Eles se conheceram na década de 90, quando fizeram um negócio, envolvendo dois terrenos do ex-ministro em São Paulo.
A Cimentos Penha é uma das empresas suspeitas de subornarem conselheiros do Carf. A companhia recorreu ao colegiado contra uma atuação aplicada pela Receita de R$ 57,7 milhões, em valores de 1998.
DEPOIMENTO
Nesta segunda, Mantega prestou depoimento por cerca de duas na Superintendência da PF na capital paulista e negou qualquer participação em ilegalidades no Carf. Argumentou que cabe ao ministro da Fazenda nomear conselheiros do órgão e, por isso, cumpriu seu função institucional.
Ele confirmou a relação comercial com Sandri, mas disse que jamais atuou para beneficiá-lo em qualquer esfera pública. O ex-ministro lembrou ainda que, quando comandava a Fazenda, criou a Corregedoria do Carf, responsável por receber queixas e denúncias relativas ao colegiado.
OUTRO LADO
Advogado que acompanhou Mantega no depoimento, Guilherme Batochio afirmou ser absurda e desnecessária a condução coercitiva de seu cliente.
“Ele prestou depoimento nesse mesmo inquérito há três meses, jamais se apôs a prestar esclarecimentos. A condução é ilegal”, criticou Batochio.
O defensor argumentou que bastava uma solicitação da PF para Mantega comparecer à Superintendência. “Esse tipo de prática não é digna de um Estado democrático de direito”, concluiu Batochio.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Vamos logo abrir o jogo: Mantega é um tremendo pilantra. Antes de ser ministro da Fazenda, substituiu Carlos Lessa na presidência do BNDES. Um de seus atos foi restabelecer, na surdina, uma imoralidade que Lessa coibira. Acabou com as operações diretas feitas pelo BNDES, para possibilitar que sempre houvesse um banco intermediando e levando 4% de cada financiamento, sem fazer rigorosamente nada. Por serviços prestados aos banqueiros, foi para a Fazenda e depois articulou para que Lula nomeasse Luciano Coutinho, um vigarista igualzinho a ele. Se fizerem uma auditoria no BNDES, a Esplanada dos Ministérios vai ser abalada por um terremoto ético. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Vamos logo abrir o jogo: Mantega é um tremendo pilantra. Antes de ser ministro da Fazenda, substituiu Carlos Lessa na presidência do BNDES. Um de seus atos foi restabelecer, na surdina, uma imoralidade que Lessa coibira. Acabou com as operações diretas feitas pelo BNDES, para possibilitar que sempre houvesse um banco intermediando e levando 4% de cada financiamento, sem fazer rigorosamente nada. Por serviços prestados aos banqueiros, foi para a Fazenda e depois articulou para que Lula nomeasse Luciano Coutinho, um vigarista igualzinho a ele. Se fizerem uma auditoria no BNDES, a Esplanada dos Ministérios vai ser abalada por um terremoto ético. (C.N.)
10 de maio de 2016
Gabriel Mascarenhas e Aguirre Talento
Folha
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