Quinta-feira, senão antes, o país conhecerá o ministério de Michel Temer. Já se pode adjetivá-lo como “ministério da frustração”, pelos nomes que vem sendo indicados. São os mesmos, ou seja, representantes de partidos que para apoiar o novo governo disputam as maiores verbas orçamentárias e um sem número de facilidades. Será a festa de legendas grandes e pequenas, bem como de líderes ávidos de mais poder eleitoral e, certamente, financeiro.
Nada mudou. Basta atentar para os nomes dos novos ministros, sem qualquer ligação com as atividades de cada pasta. Notáveis, ou quase, só dois ou três.
Afaste-se a tentação de fulanizá-los, até porque, com as raras exceções, ninguém os conhece. Michel Temer passará pela mesma dificuldade de Dilma Rousseff e, em boa parte, do Lula: a impossibilidade de referi-los nominalmente nas primeiras semanas, muito menos suas qualidades e potenciais. Salvam-se Henrique Meirelles, José Serra e mais quem?
FISIOLOGISMO EXPLÍCITO
Tudo o que o novo presidente prometeu ou sugeriu desfez-se num festival de fisiologismo explícito em nada diferente dos últimos governos do PT. Os novos ministros, como os anteriores, nenhuma ligação possuem com as obrigações de seus ministérios. Vão nomear, patrocinar favores, senão sinecuras, favorecer grupos capazes de retribuí-los com aumento de patrimônio e influências variadas.
Sequer a promessa da diminuição do número de ministérios o ainda vice-presidente conseguiu manter. Esqueceu as boas intenções de buscar na sociedade os melhores em cada setor. Luminares, nem pensar. De preferência, parlamentares dóceis às imposições de seus partidos.
NADA DE NOVO
Em suma, nada de novo no pantanal da incompetência e da avidez. A pergunta que começa a ser feita é sobre quanto tempo vai durar a submissão até que se volte a falar em reforma da equipe ou, com certeza, na perspectiva de um novo impeachment.
09 de maio de 2016
Carlos Chagas
09 de maio de 2016
Carlos Chagas
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