"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de março de 2016

QUE DILMA??

CONVENÇÃO DO PMDB
PMDB DO RIO TERÁ 'ATUAÇÃO DISCRETA' NA CONVENÇÃO DESTE SÁBADO
PMDB-RJ, DE PICCIANI, DESISTIU DE DEFENDER DILMA NA CONVENÇÃO


PICCIANI: PMDB NÃO DEVE MARCAR NENHUMA POSIÇÃO MAIS RADICAL. (FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR)


Contemplados pelo Palácio do Planalto com espaços na Esplanada do Ministério, lideranças do PMDB do Rio de Janeiro pretendem ter uma participação discreta e não sairão em defesa do governo na convenção do partido marcada para ocorrer neste sábado, 12, sob um forte clima anti-Dilma e anti-PT. Na ocasião, o vice-presidente da República, Michel Temer, deverá ser reconduzido ao comando nacional da legenda, cargo que ocupa desde 2001.

A estratégia de evitar declarações a favor da presidente Dilma Rousseff é alimentada pela avaliação, de integrantes do PMDB fluminense, de que o momento político é de "grande tensão". Em razão disso, a orientação da cúpula do PMDB do Rio, que detém o maior número de delegados na convenção, é de defesa da unidade do partido e na busca de um caminho próprio em 2018. "Vou fazer um pronunciamento, mas falando da atuação da bancada e falando para dentro do partido. O PMDB precisa apresentar propostas, se preparar para 2018. Acho que esse é o tema forte na convenção", afirmou o líder do PMDB, Leonardo Picciani.

O deputado é responsável pela indicação dos atuais ministros Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). Além da Vice-Presidência da República e das duas pastas, o PMDB também comanda os ministérios de Minas e Energia, Agricultura, Turismo e Portos. "A convenção não vai tratar do governo, ela vai tratar do Brasil e do PMDB. O mais importante para o País neste momento é a unidade do PMDB", disse ao Estado o deputado estadual, Jorge Picciani, presidente estadual da legenda no Rio de Janeiro e pai de Leonardo.

Campanha
Apesar das esquivas da cúpula do PMDB do Rio em abordar diretamente o atual momento de desgaste do governo, o tema será colocado por representantes de outros Estados que defendem o desembarque. Entre os condutores da iniciativa estão lideranças do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

A expectativa é de que esse grupo aumente até amanhã com a adesão de representantes de Pernambuco, Bahia, Roraima, Rondônia, Acre e Tocantins. No caso de São Paulo, apesar de o presidente estadual, deputado Baleia Rossi, tecer criticas internamente ao governo, a tendência é de o diretório também permanecer em discrição, uma vez que o Estado é reduto eleitoral do vice-presidente da República Michel Temer.

"Vai ter uma pressão retórica muito forte, mas não acredito, do ponto de vista prático, em nenhuma mudança. Todo mundo vai aguardar e observar mais o quadro, não acredito numa guinada de imediato no sábado", avaliou o líder Leonardo Picciani.

"Acho que sem marcar nenhuma posição mais radical, o PMDB vai mostrar que tem um caminho próprio. Sem falar em rompimento ou impeachment, mas defendendo um caminho próprio para o País", ressaltou Jorge Picciani.

Nas discussões internas para se fechar a composição da próxima Executiva Nacional que será escolhida amanhã, o PMDB fluminense ainda briga por ampliação dos espaços para o grupo. Está em negociação o cargo da segunda-vice-presidência, atualmente ocupado pela ex-deputado Iris de Araújo (GO). "Uma coisa é certa, o ex-governador Sérgio Cabral não quer, o Eduardo Paes também não, por isso ainda estou negociando outros nomes do partido", disse Jorge Picciani.

Aliados de Dilma no PMDB acreditam que novas delações podem fragilizar ainda mais a presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que dará nova força ao processo de impeachment. Na hipótese de o vice assumir, peemedebistas têm expectativa de que o Temer proponha um governo suprapartidário, com redução drástica de ministérios. Alguns defendem inclusive que Temer anuncie que não tem intenção de disputar a reeleição em 2018, como forma de atrair os partidos para a base.



11 de março de 2016
diário do poder

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